DADOS DO GOVERNO OBTIDOS PELA PAY4FUN

Brasil contabiliza 25 milhões de apostadores; GGR das empresas alcança R$ 27,7 bilhões

09-12-2025
Tempo de leitura 1:36 min

Entre janeiro e setembro, 25 milhões de apostadores ativos foram contabilizados no sistema oficial da Secretaria de Prêmios e Apostas (SPA) do Ministério da Fazenda, indicam dados obtidos pela Pay4Fun por meio de pedido realizado pela empresa via Lei de Acesso à Informação (LAI).

O mercado legalizado movimentou R$ 27,7 bilhões apenas em Gross Gaming Revenue (GGR) no período, com arrecadação de R$ 3,327 bilhões em tributos federais, correspondente à alíquota de 12% prevista na lei das apostas. No total de tributos cobrados pelo governo, o valor sobe para mais de R$ 7,9 bilhões até outubro, segundo divulgação pela Receita Federal. 

Conforme os dados obtidos pela Pay4Fun, 68,3% dos apostadores ativos são homens, enquanto 31,7% são mulheres.  O recorte por faixa etária, porém, não foi divulgado. A SPA afirmou que as informações por idade ainda não estão totalmente consolidadas e exigiriam "esforço adicional de tratamento", inviável dentro do prazo legal. 

A distribuição da arrecadação federal foi feita desta maneira:

  • Esporte: R$ 1.221.426.979,90
  • Turismo: R$ 953.198.321,29
  • Segurança Pública: R$ 461.702.907,26
  • Seguridade Social: R$ 347.374.685,05
  • Educação: R$ 342.181.167,80
  • Saúde: R$ 34.586.983,28
  • Sociedade Civil: R$ 16.899.176,83
  • FUNAPOL (Polícia Federal): R$ 18.322.369,36
  • ABDI: R$ 13.636.467,09


"Os novos dados mostram a verdadeira escala do mercado regulado no Brasil. Quando o país coloca luz sobre números como arrecadação, perfil dos apostadores e destino dos recursos, todo o ecossistema ganha: o governo arrecada mais, o consumidor tem mais segurança e as empresas sérias conseguem operar em um ambiente competitivo e previsível", diz Leonardo Baptista, CEO e cofundador da Pay4Fun.

A atuação dos operadores clandestinos, no entanto, ainda é um desafio. De acordo com o estudo  “Fora do Radar: Dimensionamento e impactos socioeconômicos do mercado ilegal de apostas no Brasil”, elaborado pela LCA Consultores em parceria com o Instituto Brasileiro de Jogo Responsável (IBJR) Instituto Locomotiva, mais da metade do mercado nacional de apostas online opera na ilegalidade, provocando prejuízos bilionários aos cofres públicos e expondo consumidores a riscos. 

Segundo o levantamento, entre 41% e 51% das apostas feitas no Brasil ocorrem em plataformas não regulamentadas. Essa atuação ilegal provocou, apenas no segundo trimestre do ano, uma perda fiscal (ou seja, valor que o governo deixou de arrecadar) estimada entre R$ 1,8 bilhão e R$ 2,7 bilhões. Em 12 meses, o rombo pode atingir R$ 10,8 bilhões.

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