A leitura do relatório final da CPI das Bets, realizada no dia 10 de junho, gerou forte repercussão entre alguns nomes apontados para indiciamento pela relatora, senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS).
A influenciadora Deolane Bezerra reagiu de forma contundente às acusações, que incluem estelionato, lavagem de dinheiro, associação criminosa, contravenção penal por exploração de jogos de azar e ocultação de participação societária em empresas do setor.
Segundo o Estado de Minas, em vídeos publicados nas redes sociais, Deolane classificou a decisão como um reflexo de "preconceito estrutural" e "machismo", destacando que mulheres que atuam na divulgação de apostas estão sendo perseguidas enquanto homens nas mesmas condições foram ignorados pela CPI.
A influenciadora afirmou ainda que sempre declarou seus ganhos e cumpre rigorosamente as obrigações legais e fiscais. Segundo ela, todas as campanhas realizadas têm registro e transparência, inclusive com responsabilidade de agências e empresas contratantes. Deolane disse que irá se pronunciar formalmente apenas após a votação final do relatório.
Virginia Fonseca, com mais de 53 milhões de seguidores em suas redes, declarou em nota ter recebido com “surpresa e espanto” a inclusão do seu nome entre os indiciados, conforme matéria do g1. O relatório acusa Virginia de promover apostas por meio de vídeos que usavam contas demo, o que poderia configurar falsa representação de ganhos, resultando em supostos crimes de estelionato e publicidade enganosa.
A nota enfatizou que espera da CPI o mesmo tratamento dado a outros influenciadores digitais que, segundo eles, agiram dentro da legalidade e não foram indiciados. A equipe jurídica afirmou ainda que a influenciadora está confiante na Justiça e aguarda a deliberação final do colegiado.
Também acusada de supostamente utilizar contas de demonstração para promover sites de apostas, a influenciadora Pâmela Drudi, embaixadora da r7.bet, soltou nota afirmando que "todas as movimentações financeiras mencionadas têm origem estritamente lícita, e que todos os bens e valores encontram-se devidamente declarados às autoridades competentes, auditados por empresas independentes".
A influenciadora possui 4 milhões de seguidores no Instagram e 2,5 milhões no TikTok.
O relatório final será votado nesta quinta-feira, 12 de junho e, se aprovado, será encaminhado ao Ministério Público e à Polícia Federal, que poderão oferecer denúncia criminal. Cabe às autoridades decidir ou não pelo indiciamento: o relatório, por si só, não garante a responsabilização judicial ou criminal de nenhum dos envolvidos.