A Justiça de Alagoas homologou os acordos de não persecução penal firmados com quatro influenciadores digitais investigados por promover casas de apostas e jogos ilegais no estado. Entre os nomes envolvidos está Rico Melquiades, que, junto com outros três influenciadores, aceitou as condições propostas pelo Ministério Público, segundo publicou o g1.
De acordo com o processo, Luiz Ricardo Melquiades Santiago, conhecido como Rico Melquiades, se comprometeu a pagar uma multa de R$ 1 milhão. Parte desse valor, R$ 600 mil, será quitada com recursos já bloqueados pela Justiça, enquanto o saldo restante será parcelado em oito vezes. Além disso, o veículo do influenciador, uma Toyota Hilux, ficará com a transferência impedida até a quitação total da dívida.
Outra investigada, Juliana Priscila de Oliveira Mendes, firmou acordo prevendo a doação de R$ 60.587 ao Estado. O valor será abatido dos recursos já bloqueados pela Justiça, e o que sobrar será liberado em favor dela, disse a reportagem.
No caso de Ana Karoline da Silva Dantas, o acordo estabeleceu o pagamento de R$ 350 mil, valor que será dividido em 45 parcelas.
Por fim, Luiz Henrique Barreto da Silva Nen se comprometeu a doar R$ 119.907,05 ao Estado, montante correspondente à apreensão de equipamentos eletrônicos, como computadores, monitores, notebooks, nobreaks e outros itens.
Os acordos evitam que os investigados respondam a processos criminais, desde que cumpram integralmente as condições estabelecidas.
A operação Game Over 2, que investigou os influenciadores Babal Guimarães e Rico Melquiades por promoverem jogos de azar ilegais, apreendeu R$ 15 milhões em bens em janeiro deste ano, segundo a Polícia Civil de Alagoas. Entre os itens recolhidos estavam 20 carros de luxo, joias e dinheiro em espécie.
No total, 18 pessoas foram investigadas. Foram cumpridos 20 mandados de busca e apreensão em endereços em Maceió, Penedo e Arapiraca.
"Essas pessoas que estavam promovendo casas [de apostas] clandestinas, que são casas maliciosas, que lançam links aqui no Brasil operados, por exemplo, de Singapura, que a única finalidade é retirar dinheiro da sociedade e lesar as pessoas, provocando verdadeiras ruínas sociais", afirmou o delegado Lucimério Campos ao g1.