A cidade de Gramado, na serra gaúcha, se prepara para receber mais um grande empreendimento: o hotel do Hard Rock Cafe. Com investimento de cerca de R$ 1 bilhão, o complexo terá 15 prédios em uma área de 14 hectares e a possibilidade de ter um cassino em operação ‒ se a legislação brasileira permitir a implementação.
O projeto é da Mundo Planalto, empresa de Goiás que possui empreendimentos nas áreas de turismo, lazer e urbanismo.
O CEO José Roberto Nunes disse, em entrevista à publicação Turismo Compartilhado, que a instalação de cassinos no Brasil pode fomentar as taxas de ocupações, os tickets médios, as vendas de alimentos e bebidas e a geração de empregos.
"A estimativa é que mais de R$ 20 bilhões em impostos sejam gerados anualmente pela regularização das atividades e novos empreendimentos sejam licenciados e concedidos sob fiscalização do Ministério da Fazenda", afirmou Nunes.
O futuro Hard Rock Hotel será construído em frente ao resort Laghetto Golden, da rede Laghetto, situado no km 31, no bairro Carazal. Esse é o primeiro empreendimento hoteleiro da Mundo Planalto na serra gaúcha.
O projeto de lei (PL) 2.234/2022, que libera cassinos, bingos e jogo do bicho no Brasil, deve ser uma das prioridades do Senado no segundo semestre, segundo a revista IstoÉ.
Nas últimas semanas, diferentes entidades empresariais têm se manifestado a favor da medida, citando a atração de novos investimentos e geração de empregos como pontos positivos do projeto.
A Federação de Hotéis, Bares, Restaurantes e Similares do Estado de São Paulo (Fhoresp), por exemplo, afirma que, com os jogos, haveria a movimentação aproximada de R$ 30 bilhões apenas em São Paulo.
“Arrecadamos cerca de R$ 15 bi em diárias e R$ 5 bi em alimentos e bebidas hoje. Acredito que podemos acrescentar em torno de 20 a 30% desses valores em diárias e até 50% em alimentação. Sem contar as receitas marginais, com máquinas e jogos. Com isso, posso chegar a duplicar o valor com um novo fluxo e chegar a R$ 30 bilhões por ano”, disse Bruno Omori, diretor da Fhoresp, segundo a IstoÉ.
Se aprovado no plenário, o PL 2.234/22 vai para avaliação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que já afirmou que irá sancioná-lo.