O projeto de lei (PL) 2.234/2022, que libera cassinos, bingos e jogo do bicho no Brasil, deve ser uma das prioridades do Senado no segundo semestre, segundo a revista IstoÉ.
Os senadores entram de recesso no dia 18 de julho, sendo que esses últimos dias devem ser dedicados a projetos que tratam das dívidas dos estados e da desoneração da folha de pagamento, afirma a reportagem. O retorno dos parlamentares será no dia 1º de agosto.
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), já havia adiantado que a votação do PL 2.234/22 no plenário ficaria para depois do recesso. No entanto, o relator da matéria na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), Irajá Silvestre (PSD-TO), estava pleiteando que a discussão ocorresse antes.
Irajá se diz confiante na aprovação do PL no plenário: a votação na CCJ, em junho, foi apertada, com 14 votos favoráveis e 12 contrários à legalização de cassinos, bingos e jogo do bicho.
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Nas últimas semanas, diferentes entidades empresariais têm se manifestado a favor da medida, citando a atração de novos investimentos e geração de empregos como pontos positivos do projeto.
A Federação de Hotéis, Bares, Restaurantes e Similares do Estado de São Paulo (Fhoresp), por exemplo, afirma que, com os jogos, haveria a movimentação aproximada de R$ 30 bilhões apenas em São Paulo.
“Arrecadamos cerca de R$ 15 bi em diárias e R$ 5 bi em alimentos e bebidas hoje. Acredito que podemos acrescentar em torno de 20 a 30% desses valores em diárias e até 50% em alimentação. Sem contar as receitas marginais, com máquinas e jogos. Com isso, posso chegar a duplicar o valor com um novo fluxo e chegar a R$ 30 bilhões por ano”, disse Bruno Omori, diretor da Fhoresp, segundo a IstoÉ.
“Teremos em dois grandes polos do país – Rio de Janeiro e São Paulo – a presença de bingos, cassinos turísticos, além das loterias da Caixa e estaduais. Haverá forte movimentação econômica no país”, completou Bruno.
Se aprovado no plenário, o PL 2.234/22 vai para avaliação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que já afirmou que irá sancioná-lo. Caso haja mudanças no texto, o projeto pode voltar para nova análise na Câmara dos Deputados, onde já foi aprovado em 2022.