O Ministério do Esporte participou do BiS Brasília 2025, conferência que reúne autoridades, reguladores e representantes da indústria de jogos e apostas. O evento, realizado nos dias 21 e 22 de outubro no Royal Tulip Alvorada, tem como foco aproximar o poder público da cúpula do setor, promovendo discussões sobre regulamentação, integridade esportiva e governança, informou o governo.
Durante o painel “A arena dos números: o mercado de apostas na visão dos empresários e do governo no Brasil”, o secretário nacional de Apostas Esportivas e de Desenvolvimento Econômico do Esporte, Giovanni Rocco Neto, defendeu que o combate à manipulação de resultados esportivos deve ser tratado como uma política pública.
"A nossa responsabilidade é proteger a integridade dos resultados, proteger a integridade dos atletas e proteger os caras que vão fazer a roda girar. Foi constituído um grupo de trabalho com o Ministério da Justiça, com o Ministério da Fazenda e a Polícia Federal para construir a Política Nacional de Combate à Manipulação de Resultados Esportivos. Então, a gente tem o conceito de que isso tem que ser tratado como política pública”, declarou Rocco Neto.
O encontro acontece em um momento estratégico para o setor, com a entrada em vigor da regulamentação federal das apostas de quota fixa e a expansão das loterias estaduais e municipais. A escolha de Brasília como sede reforça a necessidade de manter o diálogo direto com o Congresso Nacional e órgãos como os ministérios do Esporte e da Fazenda e a Secretaria de Prêmios e Apostas.
Durante os dois dias, o BiS Brasília 2025 reúne executivos, parlamentares, reguladores e autoridades governamentais em painéis temáticos, encontros privados e momentos de networking. Entre os principais assuntos em debate estão segurança jurídica, fiscalização do mercado ilegal, tributação, jogo responsável e futuro das loterias no país.
Paralelamente ao evento, o grupo de trabalho interministerial responsável pela criação da Política Nacional de Combate à Manipulação de Resultados Esportivos realizou uma reunião para discutir o plano de ação do colegiado.
O grupo foi criado em 9 de setembro e propõe um fluxo unificado para o tratamento de denúncias. O objetivo é evitar a sobreposição de instâncias administrativas e estabelecer diretrizes nacionais baseadas nas melhores práticas internacionais, adaptadas à realidade brasileira.
Os trabalhos do colegiado começaram ainda em junho, com encontros técnicos que visam identificar desafios e traçar estratégias para o cumprimento das metas estabelecidas pelo ato normativo.