A Polícia Civil do Tocantins deflagrou, na última sexta-feira, 22 de agosto, a Operação Fraus, que teve como alvo uma organização criminosa especializada em jogos de azar, lavagem de dinheiro, crimes contra a economia popular e associação criminosa. A ação foi coordenada pela Diretoria de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (DRACCO).
Segundo a polícia, foram cumpridos dois mandados de prisão preventiva contra a influenciadora digital identificada pelas iniciais M.K.C.F. e o companheiro dela, D.R.C.. Apesar de a nota oficial não citar o nome da influencer, o g1 informou que se trata de Karollyny Campos Ferreira, conhecida nas redes sociais como Karol Digital.
Além disso, a Justiça determinou 23 mandados de busca e apreensão, bloqueio de contas bancárias e sequestro de bens.
A operação contou com o apoio do Laboratório de Operações Cibernéticas do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), da Agência de Defesa Agropecuária do Tocantins (Adapec) e da Polícia Científica, que mobilizou sete peritos oficiais. No total, 40 policiais civis participaram da ação, que teve ordens judiciais expedidas pela 1ª Vara Criminal de Araguaína e cumpridas em Araguaína, Babaçulândia e Palmeirante.
Entre os itens apreendidos, chamaram atenção os veículos de luxo: uma McLaren avaliada em R$ 3 milhões, um Porsche de R$ 850 mil, uma BMW blindada e uma caminhonete RAM, além de duas motocicletas. A polícia também encontrou R$ 45,4 mil em espécie na residência da principal investigada. Imóveis, gado, cavalos e criptoativos também foram alvo de sequestro judicial.
As investigações foram conduzidas pela DRACCO em parceria com a 1ª Divisão Especializada de Repressão ao Crime Organizado (1ª DEIC Palmas). O delegado responsável, Wanderson Chaves de Queiroz, explicou a dinâmica do grupo:
“A influenciadora utilizava seu perfil nas redes sociais para promover jogos de azar de forma ilegal, por meio de parcerias com diversas casas de apostas. A estrutura do grupo era montada para dificultar o rastreamento das movimentações financeiras configurando fortes indícios de lavagem de dinheiro”, afirmou.
Segundo a corporação, o nome da operação faz referência à deusa romana Fraus, que personificava a fraude e a traição, simbolizando o foco da investigação.