O general Paulo Afonso de Melo, presidente da Comissão Desportiva Militar do Brasil, afirmou que o esporte militar deseja entrar na divisão dos recursos da arrecadação tributária das bets. A declaração foi dada na quarta-feira, 6 de agosto, durante audiência na Comissão do Esporte no Senado. As informações são da Rádio Senado.
Melo explicou que o esporte militar é um subsistema do Sistema Nacional do Esporte. No entanto, os programas conduzidos pelas Forças Armadas não estão incluídos entre os entes aptos a receber recursos da arrecadação das bets. Entre os destinatários estabelecidos pela lei 14.790, estão, por exemplo, o Comitê Olímpico Brasileiro, o Comitê Paralímpico e a Confederação Brasileira do Desporto Universitário.
Na audiência, foi dito que a falta de previsibilidade e de continuidade no orçamento pode prejudicar os resultados de iniciativas como o Programa de Incorporação de Atletas de Alto Rendimento, responsável por onze das vinte medalhas que o Brasil conquistou nas Olimpíadas de 2024.
“Esses programas todos sobrevivem de parcerias, contribuições, de emendas parlamentares e de cortes nos orçamentos do Ministério da Defesa e das três Forças. Diversas áreas de atuação das Forças abrem mão de um militar vocacionado para receber um atleta”, disse Melo, segundo a Rádio Senado.
Presentes na audiência, os senadores Leila Barros (PDT-DF) e Chico Rodrigues (PSB-RR) afirmaram que irão discutir o tema com o deputado federal Carlos Zarattini (PT-SP). O petista é relator da comissão mista responsável por debater a medida provisória que eleva o imposto sobre as bets dos atuais 12% para 18%.