ARTIGO PUBLICADO NO BNLDATA

Magnho José: "Vários setores elegeram as bets como a grande vilã da economia através de informações duvidosas"

Imagem: reprodução/Fala Bet
23-07-2025
Tempo de leitura 1:51 min

O editor do site BNLData e presidente do Instituto Brasileiro Jogo Legal (IJL), Magnho José, publicou um artigo de opinião criticando as declarações do ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), sobre as bets.

Como repercutido pelo Yogonet, Haddad concedeu uma entrevista ao ICL Notícias em que afirmou não haver “arrecadação que justifique essa roubada a que nós chegamos. É muito ruim o que está acontecendo”, em referência às casas de apostas.

“Se fosse aparecer um projeto na Câmara Federal, continua ou para [a atuação das bets], eu apertava o botão do para”, declarou o ministro.

Na visão de Magnho, Haddad se comportou de forma semelhante a “um candidato em campanha”. O editor do BNLData questionou também os números apresentados pelo economista Eduardo Moreira, responsável por entrevistar o ministro. 

Ele sugeriu que o petista solicite dados oficiais sobre o primeiro semestre do setor de jogos à Secretaria de Prêmios e Apostas (SPA) para “evitar cair nessas armadilhas de atores que desejam manter as apostas online na clandestinidade”.

O ministro endossou o argumento desgastado de que bets e jogos de azar facilitam lavagem de dinheiro. Essa posição, vinda de Eduardo Moreira, ex-banqueiro e economista, e Fernando Haddad, advogado, professor e ministro, demonstra má-fé e subestima a nossa inteligência. Com as normas estabelecidas pelo Ministério da Fazenda e tecnologia disponível, associar jogos legais e regulamentados à lavagem de dinheiro representa uma falácia para especialistas do setor”, criticou Magnho.

O editor do BNLData lembra que a regulamentação adotou práticas internacionais de prevenção à lavagem de dinheiro, com normas que seguem recomendações de órgãos como o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF) e a Receita Federal

Além disso, nas bets legalizadas, os apostadores precisam fornecer CPF e passar por processos de KYC como forma de prevenir fraudes e garantir a segurança dos usuários, acrescenta Magnho. 

“Se Haddad consultasse a Secretaria de Prêmios e Apostas saberia que o setor de apostas esportivas e jogos online já contribuiu com mais de R$ 4,5 bilhões (R$ 2,4 bi em outorgas fixas + R$ 1,9 bilhões em tributos + R$ 21,4 milhões com a taxa de fiscalização) para os cofres do governo”, diz Magnho.

Vários atores e setores elegeram as bets como a grande vilã da economia através de informações duvidosas e narrativas mentirosas e sem comprovação com o objetivo de demonizar as bets e idiotizar os apostadores, mas a conta é simples: se o GGR das bets está em R$ 3,2 bilhões mensalmente e o governo arrecada 12% deste montante, podemos afirmar sem medo de errar que mais de R$ 25 bilhões voltam para os bolsos dos apostadores na forma de prêmio. Mas infelizmente este dado não tem importância para os atores políticos e sociais”, finaliza o editor do BNLData.

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