No marketing das empresas de apostas, a inteligência artifical (IA) pode ser usada para desafiar padrões, surpreender o público e reforçar o tom de voz de uma marca. É nisso que acredita Fabrício Nunez, head de marketing do SeuBet, plataforma licenciada pelo Ministério da Fazenda.
Poucos dias após a empresa lançar uma campanha feita por IA e inspirada na Sexta-Feira 13, o Yogonet Brasil entrevistou Nunez por e-mail sobre temas como o uso dessa tecnologia no setor e jogo responsável. Ele detalhou ainda os números alcançados com a ação de marketing.
Confira:
Um dos grandes desafios da comunicação no mercado de apostas de quota fixa é abordar o tema do jogo responsável, ou seja, de conscientizar que as bets são entretenimento (e não fonte de renda) e que a pessoa precisa estar ciente dos seus limites. Na sua visão, como fazer isso de uma forma que vá além de simplesmente inserir o aviso “jogue com responsabilidade”?
Um dos maiores desafios da indústria é justamente esse: falar de responsabilidade sem soar panfletário. No SeuBet, a gente acredita que responsabilidade não é um rodapé — é parte da narrativa. E mais: não precisa ser careta. Nossa estratégia é transformar o jogo responsável numa escolha natural, quase aspiracional.
A gente faz isso integrando o tema à linguagem do dia a dia, com humor, sagacidade e, principalmente, verdade. O Seu Bet, nosso mascote, fala disso com o mesmo tom que usaria pra te chamar pro rolê: direto, leve e com afeto. Responsabilidade aqui é sinônimo de consciência. É o jogador saber que o jogo é um momento de lazer, e não uma tentativa de mudar de vida.
A provocação é: “você joga ou se perde no jogo?”. Ao tratar o tema com naturalidade, humor e conexão humana, a gente ressignifica o papel da bet — não como um escape, mas como parte de uma jornada mais divertida e equilibrada.Imagem: divulgação/SeuBet
O SeuBet lançou uma campanha inspirada na Sexta-Feira 13 em que foi usada IA para criar as peças. Como você vê o papel dessa tecnologia no marketing do setor de apostas? Acredita que ela pode impulsionar a criatividade ou, se usada em excesso pelas empresas, acaba gerando um conteúdo padronizado, como se todos os operadores seguissem o mesmo estilo de produção?
IA é como um baralho: o valor não está na carta, mas na mão de quem joga. No SeuBet, usamos inteligência artificial como combustível criativo. A campanha da Sexta-Feira 13 é um bom exemplo — hackeamos o imaginário do terror pop com uma estética cinematográfica que transformou mascotes de outras bets em “vilões” e posicionou nossa capivara como o “porto seguro” do rolê.
Sexta 13 chegou e, como sempre, tá cheia de história… mas aqui, o papo é reto.
— Capivara do SeuBet (@OSeuBet) June 13, 2025
Nada de fórmula mágica ou dica de guru — aqui o jogo é limpo, real e do seu jeito.
Sem fake, sem terror. Só aposta de verdade. Tá dentro? 👊🔥#SeuBet #Sexta13 #PalpiteReal
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🔞 Proibido para… pic.twitter.com/QBvQJGCakC
O risco da IA no setor é virar lugar-comum: imagens genéricas, vozes robotizadas e campanhas “mais do mesmo”. Mas no SeuBet, a IA entra com propósito: desafiar padrões, surpreender o público e reforçar nosso tom de voz proprietário.
O que diferencia uma marca não é o uso da tecnologia, mas a coragem de contar histórias diferentes com ela. A IA pode até ser o pincel, mas quem pinta o quadro é a nossa criatividade.
O SeuBet tem uma capivara como mascote. Você pode falar um pouco sobre por que escolheram esse animal e qual o papel que ele desempenha na comunicação da marca?
A capivara foi uma escolha contraintuitiva — e justamente por isso, genial. Enquanto a maioria das casas de aposta investe em ícones agressivos ou clichês do universo esportivo, a gente decidiu apostar na leveza. A capivara é brasileira, tranquila, vive em comunidade e, acima de tudo, tem carisma. É quase impossível não simpatizar.
O SEU BET não é só um mascote: ele é a materialização da nossa estratégia. Ele conecta, diverte, educa, acolhe. Ele tá no feed, no evento, no chat e até no meio da rua — e em cada ponto de contato, traduz a alma da marca.
Ele representa o que ninguém no setor teve coragem de assumir: que é possível falar com o público de igual pra igual, com humor e respeito, sem prometer fortuna nem fórmulas mágicas. A capivara é o símbolo de uma nova geração de bets — mais humanas, mais conscientes, mais próximas.
O lutador Fabrício Werdum tornou-se, recentemente, embaixador do SeuBet. Qual a contribuição que ele traz à marca? Você acredita que há espaço para o UFC e os esportes de combate crescem na preferência do público?
O Werdum traz uma energia única pro time do SeuBet. Ele é raiz, é vencedor, é respeitado — mas, acima de tudo, é gente como a gente. Ao se tornar nosso embaixador, ele não só conecta o universo das lutas ao nosso público, como também reforça o espírito de superação e fair play que faz parte da nossa essência.
E sim, o UFC e os esportes de combate estão cada vez mais presentes na preferência do público brasileiro, que valoriza o desafio, a técnica e a emoção do imprevisível — o mesmo que move quem aposta. Trazer o Werdum foi um golpe certeiro no nosso plano de construir relevância em várias frentes esportivas.
Caso queira acrescentar algo que não foi perguntado, fique à vontade.
Enquanto nossos concorrentes focam apenas em volume de mídia paga, nós criamos conexão emocional real com nosso público através de campanhas que fazem sentido culturalmente.
Esta campanha estabeleceu um novo padrão de comunicação no setor. Estamos criando um calendário proprietário de micro campanhas que vai revolucionar como as bets se comunicam no Brasil — fazer publicidade sem parecer publicidade NO SKIP.