Um levantamento inédito realizado pela Predictus revela que, nos últimos três anos, foram abertos 1.156 processos contra casas de apostas no país, e o número não para de crescer, segundo reportagem do jornal O Globo.
A pesquisa aponta que, em 2022, quando a contagem começou, foram registrados apenas 21 processos. Já em 2025, antes mesmo do fim do primeiro semestre, esse número saltou para 554 ações judiciais, representando um aumento de 2.538%.
A maior concentração de processos está em São Paulo, com 291 ações. Na sequência aparecem Rio de Janeiro (167), Bahia (125) e Minas Gerais (119). Juntos, esses quatro estados somam 60% dos processos movidos contra empresas do setor. Apesar de ter uma população menor que Minas, o alto volume na Bahia pode sinalizar uma maior adesão dos baianos aos jogos, aponta a Predictus.
O estudo revela que as principais queixas estão relacionadas ao não pagamento de prêmios e saques negados. Na prática, apostadores relatam que, mesmo após faturar em sites ou aplicativos, encontram dificuldades para resgatar os valores. Em muitos casos, as plataformas justificam o não pagamento alegando supostas violações das regras por parte dos usuários.
Do total de mais de 1,1 mil ações, cerca de 80% ainda estão em andamento. Entre os 103 processos já julgados, 55% foram considerados improcedentes, ou seja, as casas de apostas venceram.
Já em 45% dos casos, os consumidores saíram vitoriosos, seja de forma parcial ou integral. O levantamento também aponta que em 3% dos processos houve acordo entre as partes.