O número de solicitações de licenciamento para casas de apostas no Brasil ultrapassou as projeções do mercado, com um total de 113 pedidos registrados junto ao Ministério da Fazenda até esta terça-feira, dia 20 de agosto.
Segundo a Associação Nacional de Jogos e Loterias (ANJL), as operadoras envolvidas no processo buscam autorização para operar legalmente no país, aproveitando o momento favorável.
Se aprovadas pela Secretaria de Prêmios e Apostas (SPA), as casas licenciadas poderão operar legalmente no país a partir de 1º de janeiro de 2025. Essas empresas deverão seguir todas as regulamentações previstas na Lei 14.790/2023, além das portarias emitidas pela Secretaria de Prêmios e Apostas (SPA).
A partir dessa data, qualquer operação sem autorização federal será considerada ilegal e sujeita a penalidades previstas na legislação.
O presidente da ANJL, Plínio Lemos Jorge, afirmou que o setor espera um aumento no número de pedidos de licenciamento após o dia 20 de agosto, uma vez que as solicitações ainda podem ser feitas por meio do Sistema de Gestão de Apostas (SIGAP), e há expectativa de que muitos pedidos sejam protocolados até o final do ano.
“Estamos confiantes de que, no próximo ano, veremos um mercado totalmente diferente. Íntegro, responsável e regulado, onde os apostadores poderão ter certeza de que estão utilizando plataformas sérias e seguras”, disse Jorge, em comunicado.
O presidente da entidade, que também é advogado, destacou que a decisão do Tribunal Regional Federal (TRF-1) no dia 12 de agosto, que removeu o bloqueio de centenas de sites sem licença do Rio de Janeiro, foi determinante para que diversas operadoras internacionais acelerassem seus pedidos de licenciamento.
“O operador estrangeiro analisa o mercado como um todo, considerando tanto as oportunidades quanto os riscos. Com apenas oito dias restantes para o fim do prazo da SPA neste ano, a decisão judicial, obtida pela ANJL, trouxe alívio ao setor, garantindo maior segurança jurídica. O bloqueio solicitado pela Loterj também estava afetando operações em outros estados”, afirmou o presidente da ANJL.
Criada em março de 2023, a ANJL busca promover o jogo responsável e regulamentado no país, representando os interesses de seus associados, que incluem diversas operadoras do setor.