Atlético Mineiro contratará empresa utilizada por John Textor para analisar desempenho de árbitro

Após a polêmica expulsão do jogador Hulk na partida do Atlético Mineiro contra o Palmeiras na derrota por 4 a 0, na última segunda-feira, dia 17 de junho, o clube mineiro decidiu contratar o mesmo modelo de relatório já usado por John Textor, dono da SAF do Botafogo, para análise da arbitragem.

O serviço é prestado pela empresa francesa Good Game! e oferece dois tipos de relatórios, um sobre o comportamento dos jogadores e outro sobre arbitragem. O foco do Atlético-MG é no desempenho dos árbitros, já que o time considerou a atitude do profissional Rodrigo José Pereira de Lima suspeita, influenciando o rumo da partida. Na ocasião, Hulk levou dois cartões amarelos seguidos por reclamação e acabou expulso.

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Segundo reportagem do UOL, a Good Game! usa "complexos algoritmos da inteligência artificial" para identificar dois tipos de decisão: a IRD (sigla em inglês para decisão incorreta do árbitro) e a CRD (decisão correta do árbitro).

Textor apresentou relatórios da Good Game! à CPI das Apostas (imagem: Agência Senado)

Os relatórios feitos pela empresa classificam as decisões ainda segundo o grau de influência delas no placar final das partidas. As decisões dos árbitros também podem ser apontadas de acordo com o grau de dificuldade, se simples ou complexas. Segundo a reportagem, "a Good Game ainda alega que o relatório consegue distinguir erros que sejam intencionais para apontar potencial manipulação de resultados ligada aos árbitros."

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Esse relatório apontaria quais deciões beneficiaram ou prejudicaram os clubes envolvidos na análise, dando um "percentual de situações para cada lado. Isso vale para situações marcadas ou ignoradas pelos árbitros."

Esse tipo de análise tem criado polêmica no futebol brasileiro, e está sendo usada por Textor para fazer acusações de manipulação de resultados no Brasileirão de 2023.

O grupo de Copenhague do Conselho da Europa, criado para estudar medidas para prevenção de manipulação de resultados em cooperação com a UEFA, afirmou que o relatório da empresa Good Game! não serve como prova isolada de manipulação de jogos, embora possa ser útil para ajudar nas investigações.