CPI das Apostas deve ouvir representantes da CBF na tarde desta segunda-feira

A CPI da Manipulação de Jogos e Apostas Esportivas no Senado deve ouvir nesta segunda-feira (29), às 15h, representantes da Confederação Brasileira de Futebol (CBF).

O diretor de competições Julio Avelar, o diretor de governança e conformidade Hélio Santos Menezes Júnior e o oficial de integridade Eduardo Gussem, todos da CBF, são esperados para depoimentos. Conforme o requerimento do vice-presidente da CPI, senador Eduardo Girão (Novo-CE), houve em 2022 o registro de 139 partidas de futebol sob suspeita de manipulação no Brasil, e 109 jogos no ano passado - mais uma vez, o maior número entre todos os países do mundo.

Leia: CEO da Sportradar diz que não houve manipulação no Brasileirão 2023

Os depoimentos são considerados fundamentais para os trabalhos da comissão que investiga suspeitas de manipulação de jogos que teriam ocorrido em todas as séries do campeonato brasileiro (A, B, C e D).

Responsabilidade da CBF

Para Girão, que faz parte da bancada evangélica e foi destaque na oposição ao PL de regulamentação das apostas esportivas, é certo que a manipulação de resultados existe há muito tempo.

"(Esse tipo de situação) deve ser combatida com veemência pela CBF, entidade maior que tem a responsabilidade de gerir as competições esportivas dessa modalidade”, afirma em seu requerimento ao convocar os diretores da CBF.

Ele acredita que o diretor de Governança e Conformidade da CBF “tem importância fundamental nesse momento de buscar a lisura no nosso futebol”, e que seu depoimento "permitirá a elucidação de diversos aspectos relacionados ao objeto de investigação da CPI."

Já o relator da CPI, o senador e ex-jogador Romário (PL-RJ), chamou o oficial de Integridade da CBF, Eduardo Gussem. De acordo com o legislador, a CBF tem contrato firmado com a empresa de monitoramento SportRadar AG, recebendo regularmente relatórios sobre partidas suspeitas. O senador argumenta que Eduardo Gussem é a pessoa indicada para prestar informações sobre o tratamento dado aos relatórios recebidos pela CBF, bem como sobre os funcionários envolvidos na análise desses dados e quais os tipos de alerta sobre possíveis manipulações nas partidas de futebol.