DEPOIMENTOS DA NAMORADA E DA IRMÃ

Advogado assassinado em frente à OAB do Rio estaria envolvido com "cassinos online"

Advogado Rodrigo Crespo
05-03-2024
Tempo de leitura 1:39 min

Vítima de uma emboscada no Centro do Rio no dia 26 de fevereiro, em frente à sede da OAB local, o advogado Rodrigo Crespo estaria envolvido com o setor de apostas. O caso tem sido destaque na imprensa nacional.

Em depoimento à polícia, a namorada do advogado disse que a vítima passava por problemas financeiros e estava advogando para pessoas vinculadas a "cassinos online". Dias antes do crime, Crespo teria dito para ela que estaria arrecadando fundos para abrir um novo negócio e que faltava encontrar o "operador".

À polícia, a namorada contou que o advogado estava animado por começar a trabalhar com cassinos: "No mês de dezembro de 2023, Rodrigo disse que iria advogar para o cassino online e estava muito empolgado, pois acreditava que iria ganhar muito dinheiro", relatou ela.

Problemas financeiros

Durante o depoimento, a namorada da vítima relatou que Crespo perdeu clientes importantes recentemente e que vendeu seu carro, uma Mercedes Benz, por enfrentar problemas financeiros. No sábado, dia 24, ele teria saído para encontrar um homem chamado "Marcelo", "para tratar de assuntos de negócio". De acordo com ela, ele seria o "operador" que Crespo procurava.

O sócio de Crespo, no entanto, negou a informação sobre os cassinos e disse que o advogado era uma pessoa muito estudiosa e teria feito um artigo sobre o assunto. Também confessou que estava afastado da vítima "pois estavam em momentos diferentes da vida".

A irmã do advogado disse, também em depoimento, que Crespo estava estudando sobre a regulamentação de jogos no Brasil e que queria entrar no mercado.

Os três suspeitos de envolvimento na execução já identificados estão presos, mas ainda não se sabe quem é o mandante do crime e sua motivação. A informação sobre os cassinos pode ser um indício de que a atuação do advogado estaria incomodando o crime organizado.

Rodrigo era sócio fundador, desde 2010, do escritório Marinho & Lima Advogados, cuja sede fica perto do local do crime. As áreas de atuação do escritório incluem, como consta em sua página na internet, Direito do Entretenimento e Jogos, tais como loterias estaduais, produtos de capitalização na modalidade filantropia e consultoria para implantação de operações relacionadas aos jogos que possuem amparo legal.

Numa rede social, ele escreveu que costumava falar sobre a “regulamentação do mercado brasileiro de jogos lotéricos e registro de apostas”. 

 

 

 

 

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