CEO DA GALERABET

Marcos Sabiá: "Combate efetivo ao mercado ilegal garantirá ao país dobrar a arrecadação com o setor"

Marcos Sabiá, CEO da Galerabet (imagens: divulgação)
24-12-2025
Tempo de leitura 2:48 min

Com o mercado regulado já em operação, o setor vive um momento de avaliação entre avanços e desafios. Em entrevista exclusiva ao Yogonet, Marcos Sabiá, CEO da Galerabet, faz um balanço do primeiro ciclo regulatório no Brasil e destaca que o país já demonstrou capacidade de sustentar um mercado seguro e atrativo para operadores comprometidos com uma atuação de longo prazo.

No entanto, o executivo alerta para a permanência de um segmento ilegal expressivo, que segue operando à margem da formalidade, expondo jogadores a riscos como golpes financeiros e lavagem de dinheiro.

Segundo Sabiá, esse cenário ainda alimenta confusão na sociedade e entre agentes públicos, levando a debates sobre aumento de tributação e restrições à publicidade, antes de um enfrentamento mais efetivo da ilegalidade.

Confira abaixo a entrevista completa:

Agora que o mercado regulado entrou em operação, qual é o balanço que a Galerabet faz desse primeiro ciclo? O setor evoluiu como esperado ou ainda está aquém do necessário?

Há pontos positivos e pontos de melhoria a destacar. Positivamente, entendo que o Brasil demonstrou interna e externamente que é capaz de entregar um mercado de jogos pujante, com operadores dispostos a desenvolver uma relação de longo prazo com o país, gerando empregos, tributos e desenvolvimento econômico com segurança, sob a égide de uma das regulamentações mais avançadas do mundo.

Por outro lado, ainda vigora um mercado ilegal imenso, ao largo da formalidade, onde todo tipo de ilícito ainda é praticado, desde lavagem de dinheiro até golpes financeiros dos mais diversos, sem qualquer proteção aos grupos de hipervulneráveis, como menores e jogadores com tendência à compulsão.

Este cenário contribui para uma certa confusão ainda cometida pela sociedade e por agentes públicos, o que redunda em discussões precoces e extemporâneas a respeito de temas como aumento de tributação e restrições à publicidade, como vimos recentemente.

Você acha que o combate ao mercado ilegal precisa ser mais efetivo? O que está travando esse avanço: fiscalização, integração entre órgãos ou falta de prioridade política?

Tenho certeza de que essa é uma das principais agendas quando falamos sobre jogos no Brasil e não pode ser minimizada. É compreensível que haja dificuldades em combater uma atividade ilegal que se desenvolve no ambiente virtual, onde muitas vezes o agente criminoso sequer está no Brasil e é extremamente difícil de ser identificado.

Mas tenho sido enfático de que o combate efetivo garantirá ao país, no mínimo, dobrar sua arrecadação com o setor, além de eliminar um ambiente de jogos deletério que não protege qualquer direito do jogador enquanto consumidor e cidadão. Acredito que efetividade venha do uso de inteligência no setor de pagamentos, dado que esse fluxo de recursos ocorre majoritariamente via sistema financeiro e no combate à publicidade ilegal nas redes sociais.

Quais iniciativas a Galerabet pretende adotar em 2026 para reforçar a imagem do setor como entretenimento responsável?

Quando o jogo responsável é um valor, ele perpassa todas as iniciativas de uma empresa de jogos e assim é na Galerabet. Desde nossa equipe de atendimento, que tem passado por treinamentos e desenvolvimento de tecnologias, até nossa publicidade e parcerias que reflitam esses valores.

Reforçaremos ainda iniciativas mais explícitas em relação ao assunto como a promoção de um terceiro fórum sobre o tema como já fizemos em duas edições anteriores, assim como iniciativas que possam contar com o engajamento de outros agentes do setor. Jogo responsável na Galerabet não é discurso, mas crença, e sempre estará presente em todas as nossas ações.

Quais são as expectativas da empresa para a Copa do Mundo 2026? 

Sem dúvida ,é um momento de intenso movimento para as casas de apostas, dada a atenção gigantesca que o evento gera. Esperamos por um grande evento, sendo o primeiro a ocorrer em um ambiente regulamentado de jogos no Brasil.

Quais serão as principais frentes da empresa no próximo ano? Podemos esperar novos produtos, reposicionamento, certificações ou expansão de parcerias? 

O mercado exige cada vez mais um posicionamento de marca e com certeza teremos movimentos neste sentido, além de novidades em relação a parcerias com atores relevantes. 2026 será um ano de muitas novidades, certamente.

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