"BRAZILIAN IGAMING MAP"

Relatório mapeia operadores, patrocínios e cenário do iGaming no Brasil

Imagem: Freepik
11-12-2025
Tempo de leitura 2:31 min

O mercado regulado de iGaming no Brasil teve, em 2025, o seu primeiro ano de regulamentação. O documento “Brazilian iGaming Map”, produzido por Conrado Caon, fundador da plataforma de inteligência de mercado InfoPit.bet e diretor de produtos e parcerias comerciais da PayMee Instituição de Pagamentos, reúne em um único estudo dados de operadores autorizados em âmbito federal, estadual e municipal, além de indicadores de M&A, patrocínios no futebol e iniciativas de jogo responsável.

Atualmente são mais de 80 empresas (CNPJs) autorizadas em nível nacional, sob a supervisão da Secretaria de Prêmios e Apostas do Ministério da Fazenda (SPA-MF). Cada licença dá direito a explorar até três sites (URLs). A lista completa pode ser encontrada aqui.

O estudo destaca que o licenciamento federal é a espinha dorsal do novo ecossistema regulado, em torno do qual gravitam plataformas, provedores e soluções de pagamento voltados ao público brasileiro de apostas esportivas e cassinos online.

Licenciamento estadual ganha tração e leva modelo a mais regiões

Além do cenário nacional, o “Brazilian iGaming Map” mostra que seis estados brasileiros já implementaram programas próprios de licenciamento de quota fixa para apostas: Maranhão (MA), Minas Gerais (MG), Paraíba (PB), Paraná (PR), Rio de Janeiro (RJ) e Tocantins (TO). 

O recorte por unidade da Federação evidencia estágios distintos de maturidade do iGaming. O Rio de Janeiro lidera em volume, com 34 operações autorizadas pela Loterj, com limitação territorial ao estado. O Paraná aparece com cinco licenças concedidas pela Lottopar, enquanto a Paraíba já conta com seis empresas aprovadas pela Lotep. 

A leitura de Caon é que a segunda onda regulatória deverá ampliar de forma significativa a presença regional das casas de apostas e dos produtos de entretenimento online nos próximos ciclos.

Municípios entram no jogo e ampliam a capilaridade do setor

Um dos capítulos mais sensíveis do iGaming no Brasil são as iniciativas municipais de licenciamento de apostas de quota fixa. Embora muitos desses projetos ainda estejam em implementação, o estudo enfatiza que a expansão para a esfera municipal adiciona complexidade à análise de risco regulatório.

 Para operadores, fornecedores e investidores, será cada vez mais importante acompanhar a sobreposição de regras entre União, Estados e prefeituras, bem como as exigências específicas de compliance tributário e de proteção ao consumidor em cada jurisdição.

Uma ação apresentada no Supremo Tribunal Federal (STF) questiona a constitucionalidade das loterias municipais, alegando que a autorização e exploração de apostas de quota fixa é restrita aos estados, ao Distrito Federal e à União.

No começo de dezembro, o ministro Nunes Marques, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a suspensão das loterias municipais em todo o Brasil.

Ecossistema de fornecedores e consolidação de mercado

O relatório de Conrado Caon dedica um bloco ao mapa de fornecedores que orbitam o iGaming brasileiro, incluindo plataformas de iGaming (PAMs), redes e ferramentas de afiliados, agências de marketing, CRMs, soluções de KYC, provedores de sportsbook, odds e agregadores de jogos. 

Entre os parceiros destacados em modelo “curated/suggested” aparecem empresas como InPlaySoft, BETBY, FeedConstruct, EEZE, BetPass, além de prestadores jurídicos, de automação e de meios de pagamento.

Patrocínios no futebol e presença na mídia

No eixo de marketing e exposição de marca, o “Brazilian iGaming Map” traz um inventário visual de patrocínios de casas de apostas no futebol brasileiro, cobrindo a Série A, Série B e campeonatos estaduais, além de naming rights e acordos com estádios. O estudo mostra que, em 2025, todos os clubes da série A contaram com algum nível de associação comercial com operadores de apostas esportivas ou cassinos online.

Além do mapa regulatório e comercial, o relatório destaca iniciativas de engajamento institucional, como o movimento MovBET, que busca aproximar empresas de tecnologia, operadores e sociedade civil em torno de uma narrativa de responsabilidade e transparência para o setor de apostas.

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