A InPlaySoft foi ao SBC Summit Lisboa 2025 com uma missão clara: mostrar como a flexibilidade, a personalização e os insights baseados em dados podem redefinir a experiência do operador.
Desde o lançamento de um CMS totalmente personalizável que permite aos parceiros remodelar suas plataformas com apenas alguns cliques até a apresentação de uma nova estrutura de Business Intelligence (BI) que possibilita relatórios personalizados em tempo real, a empresa deixou claro que deseja capacitar os operadores para se destacarem em um mercado cada vez mais competitivo.
O Yogonet conversou com Gustavo Salvador, diretor de desenvolvimento de negócios da InPlaySoft, para discutir as últimas inovações da empresa, sua incursão nos e-Sports por meio de uma parceria com a Oddin.gg e a estratégia mais ampla no Brasil e na América Latina.
Salvador também destacou o desafio urgente da retenção no mercado brasileiro, onde o ciclo de vida médio dos jogadores permanece abaixo de três meses.
Quais são os principais destaques que vocês estão apresentando este ano em seu estande?
Temos dois grandes destaques este ano. O primeiro é nossa nova solução de personalização completa. Criamos um produto que permite aos operadores personalizar completamente suas plataformas — desde a página inicial até as seções de cassino e apostas esportivas.
Isso vai muito além de apenas reordenar jogos ou alterar nomes de menus. Os operadores agora podem redesenhar totalmente seus sites com animações, redimensionamento, reposicionamento de elementos e adição de comentários. Com apenas alguns cliques no back office, eles podem reconstruir todo o site. Investimos pesadamente nisso nos últimos meses e acreditamos sinceramente que é um verdadeiro diferencial no mercado.
O segundo destaque é nossa nova estrutura de BI. Sempre tivemos como objetivo fornecer painéis e relatórios de alta qualidade, mas agora alcançamos um novo nível.
Junto com o painel principal, introduzimos um sistema de BI que fornece aos operadores dados em tempo real e a capacidade de gerar relatórios personalizados instantaneamente. Essa flexibilidade o torna uma ferramenta poderosa para a tomada de decisões baseadas em dados.
Outro grande anúncio é a sua nova vertical de e-Sports em parceria com a Oddin.gg. Como você vê os e-Sports no futuro das apostas e qual será o papel da InPlaySoft nesse segmento?
Estamos muito entusiasmados com os e-Sports. Nossa solução de casa de apostas já foi reconhecida com indicações em duas categorias do SBC Awards este ano, e adicionar e-Sports é o próximo passo natural. Anteriormente, contávamos com as odds da Sportradar, mas agora, por meio de nossa colaboração com a OdinGG, estamos expandindo a cobertura e fortalecendo a oferta de e-Sports.
Para o Brasil e a América Latina, isso é especialmente importante. Os e-Sports são um mercado em rápido crescimento. O público é mais jovem, altamente engajado e dinâmico, e vemos um enorme potencial.
Seu CMS de back office foi atualizado. O que torna essa solução revolucionária para as operadoras, especialmente no Brasil?
Tradicionalmente, as operadoras tinham duas opções: esperar muito tempo por um desenvolvimento personalizado ou se contentar com uma solução mais rápida, mas menos flexível. Nosso CMS oferece um equilíbrio — ele permite que as operadoras lancem rapidamente, ao mesmo tempo em que lhes dá total liberdade para personalizar.
Essa liberdade significa que elas podem criar uma identidade única, adaptar a plataforma ao seu mercado e evitar longas esperas mesmo para pequenas alterações. No Brasil, especialmente, essa flexibilidade é fundamental, pois as operadoras querem se diferenciar e responder rapidamente às expectativas dos jogadores.
O envolvimento e a retenção dos jogadores são sempre as principais prioridades do setor. Como sua plataforma lida com esses desafios em cassinos, esportes e, agora, e-Sports?
A retenção começa com a estabilidade. Se uma plataforma travar ou apresentar dificuldades sob tráfego intenso, os jogadores irão embora. É por isso que integramos serviços dinâmicos com a AWS para garantir o tempo de atividade. Não tivemos nenhuma interrupção não planejada desde o lançamento em julho de 2021, o que é fundamental para manter os jogadores envolvidos.
Além da estabilidade, criamos ferramentas de retenção robustas: um mecanismo de bônus robusto, integrações com notificações push, pop-ups, aplicativos e até mesmo uma API do Google para comunicação. Essas ferramentas permitem que as operadoras envolvam os jogadores por meio de vários canais.
E, claro, o envolvimento entre produtos é vital. Um jogador pode vir para os e-Sports e depois passar para as apostas esportivas ou cassino graças a promoções e experiências personalizadas. Isso cria um ecossistema natural onde os jogadores ficam mais tempo e exploram mais.
A InPlaySoft frequentemente enfatiza o aprendizado com os insights dos operadores. Quais tendências ou necessidades você está percebendo nos operadores brasileiros no momento e como você está lidando com elas?
O Brasil está amadurecendo rapidamente à medida que a regulamentação avança, e os operadores estão aprendendo junto conosco. Compartilhamos nossa experiência europeia, mas também nos adaptamos ao que funciona localmente. Por exemplo, os processos de registro precisam refletir os hábitos brasileiros, por isso damos aos operadores a liberdade de localizar e “tropicalizar” suas plataformas.
Também acompanhamos de perto o comportamento dos jogadores por meio de ferramentas como mapas de calor, que mostram com o que os usuários estão interagindo. Esse feedback se traduz em recursos como cartões de jogo dinâmicos que priorizam os títulos mais populares ou mais recentes. Essencialmente, damos aos operadores os dados e a flexibilidade para personalizar suas ofertas em tempo real.
Com o mercado brasileiro se tornando mais competitivo, onde você vê as maiores oportunidades de crescimento da InPlaySoft a longo prazo? E, finalmente, que mensagem você gostaria que os participantes levassem após conhecê-lo na feira?
A palavra-chave é retenção. A aquisição no Brasil está funcionando bem no geral — as operadoras sabem como atrair jogadores. O desafio para muitas parece ser mantê-los. No momento, o jogador médio permanece menos de três meses, enquanto na Europa pode ser de 18 a 22 meses. Essa é uma diferença absurda e que as operadoras no Brasil não deveriam ter que lidar — e é algo em que podemos ajudar.
Nossas oportunidades de crescimento estão em melhorar a retenção, aprimorar as experiências dos jogadores e ampliar o valor ao longo da vida (LTV). Se há uma mensagem que eu gostaria que as pessoas levassem, é esta: venham até nós, vamos conversar sobre como atender melhor seus jogadores. Os números de aquisição são bons, mas o valor a longo prazo é o que realmente importa. LTV é a palavra do momento — e é aí que podemos ajudar as operadoras a fazer a diferença.