O Ministério do Esporte assinou, nesta quarta-feira, 14 de maio, acordos de cooperação com cinco organizações internacionais especializadas em integridade esportiva, com o objetivo de avançar no combate à manipulação de resultados.
As parcerias foram firmadas com a Sport Integrity Global Alliance (SIGA), International Betting Integrity Association (IBIA), Sportradar, Associação de Bets e Fantasy Sport (ABFS) e Genius Sports. Os acordos têm duração inicial de 60 meses (cinco anos) e poderão ser ampliados com novas parcerias no futuro.
A iniciativa tem como foco o fortalecimento das ações de prevenção e combate a fraudes e outras práticas que ameaçam a integridade esportiva. O ministro do Esporte, André Fufuca (PP), disse que os acordos representam “um marco no combate à manipulação de resultados no esporte brasileiro”, trazendo mais transparência e correção às competições.
Com atuação já consolidada em países como Canadá, Inglaterra e Austrália, as entidades parceiras irão fornecer suporte técnico e tecnológico ao governo brasileiro. As medidas incluem o compartilhamento de dados de inteligência, monitoramento de apostas, identificação de padrões suspeitos e treinamentos especializados para os servidores do Ministério do Esporte.
“Vamos contribuir não apenas com o compartilhamento de informações de inteligência e de partidas suspeitas, mas também com a parte de educação para servidores e atletas sobre o cenário brasileiro”, afirmou Felippe Marchetti, gerente de Integridade da Sportradar para a América Latina. A primeira capacitação já ocorre nesta quinta-feira, 15 de maio.
O secretário Nacional de Apostas Esportivas e de Desenvolvimento Econômico do Esporte, Giovanni Rocco Neto, destacou a importância da cooperação para garantir um ambiente competitivo íntegro. “Essas empresas contam com a tecnologia necessária para o monitoramento de apostas e prevenção de manipulações”, disse.
Tiago Horta, head de Integridade da Genius Sports, reforçou que o enfrentamento do problema exige uma abordagem multissetorial. “É impossível resolver apenas com a atuação isolada do governo, da iniciativa privada ou das entidades esportivas. Esse acordo veio exatamente para contribuir na construção de um arcabouço forte de combate à manipulação de resultados no esporte brasileiro”, declarou.