A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Bets no Senado agendou para esta quarta-feira, 7 de maio, o depoimento de dois representantes do Pinbank Brasil, empresa que se define como um "ecossistema de soluções financeiras para negócios". O requerimento para ouvir os executivos veio da relatora da comissão, senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS).
Segundo ela, os depoimentos de um dos sócios, Carlos de La Cruz Hyppolito, e do diretor-executivo do banco, Anderson Cicotoste, têm o objetivo de esclarecer a eventual participação da instituição em operações financeiras ligadas a casas de apostas que estão sob investigação. A senadora argumenta que há necessidade de examinar se o Pinbank possui mecanismos eficazes de compliance para impedir práticas ilícitas.
“É fundamental investigar se o Pinbank Brasil possui mecanismos adequados para prevenir operações ilícitas, incluindo a lavagem de dinheiro”, afirmou Thronicke. A parlamentar também destacou que o depoimento dos executivos pode contribuir para esclarecer a forma como o setor de apostas online se relaciona com o sistema financeiro, oferecendo subsídios para o aprimoramento da regulação e da fiscalização desse mercado.
É importante notar que não há acusações ou investigações contra a Pinbank Brasil em curso.
Ecossistema de soluções financeiras
O Pinbank Brasil afirma, em seu site, ter foco em inovação tecnológica voltada ao setor de pagamentos. A empresa oferece serviços como contas digitais empresariais, emissão de boletos, transferências via PIX, cartões e outras soluções voltadas para o público B2B (business-to-business). Com atuação no setor de fintechs, o banco digital busca atender empresas com demandas específicas de gestão financeira, oferecendo plataformas customizadas e integração por API.
Nos últimos anos, o Pinbank ampliou sua atuação em setores de alto volume transacional, como e-commerce, marketplaces e, possivelmente, plataformas de apostas esportivas ‒ o que motivou sua inclusão na agenda de depoimentos da CPI.
A audiência desta quarta-feira é mais um passo da comissão para aprofundar a investigação sobre fluxos financeiros suspeitos associados a operadores de apostas, em um esforço para identificar lacunas regulatórias e práticas irregulares no setor, segundo a solicitação de Thronicke.