O senador Eduardo Girão (Novo-CE) repercutiu, em entrevista à Rádio Senado, o projeto que autoriza o funcionamento de bingos e cassinos no Brasil (PL 2234/2022) e regulariza os jogos de azar, como o jogo do bicho.
Girão faz parte do grupo de senadores contrários ao projeto, ainda aguardando votação no plenário. Para o parlamentar, é preciso impedir o avanço do texto, pois, segundo ele, os jogos comprometem a renda e a vida das famílias e podem aumentar a criminalidade e a corrupção.
"Esse projeto é um escândalo [...] Eu fui presidente do Fortaleza Esporte Clube e a gente sabe a quantidade de torcedores que já estão endividados por causa de aposta esportiva, então é um vício terrível, porque você vai na alma e no coração daqueles que gostam de esporte", disse o senador em entrevista.
Girão diz que ele e os demais senadores contrários ao projeto farão um apelo ao presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco, e aos demais senadores, para que se tenha "responsabilidade com a vida dos brasileiros".
"Eu vejo que é um projeto que tem que passar por outras comissões. Esse é o apelo que nós vamos fazer ao presidente Rodrigo Pacheco e aos demais senadores que a gente tenha responsabilidade com a vida dos brasileiros, responsabilidade com o enfrentamento a corrupção e a impunidade. E que esse projeto passe pela Comissão de Segurança Pública tem tudo a ver', disse.
Em entrevista à Rádio Senado, o senador Eduardo Girão disse que esteve em Las Vegas (EUA), a "meca da jogatina", para estudar o mercado de jogos e apostas.
Girão afirmou que 86% das pessoas que vão à Las Vegas não são estrangeiros, são os próprios norte-americanos, argumentando que a cidade não atrai tanto turismo internacional. Além disso, segundo informação do parlamentar, "dos 14% que sobram, apenas 4% vão para jogar".
"As pessoas vão a Las Vegas para ver os shows que tem lá, para o Grand Canyon, para conhecer as belezas naturais, congressos, e não para jogar", comenta.