Um dos grandes responsáveis pela aprovação do PL 3.626/23 no Senado ‒ que veio a se tornar a lei 14.790/23, de regulamentação das bets ‒ , o senador Angelo Coronel (PSD-BA) saiu novamente em defesa das apostas esportivas. Ele lembrou que "não há mais o que fazer a respeito de uma prática que já está enraizada na cultura atual do brasileiro".
“Hoje os jogos estão no dia a dia do brasileiro. Dos 20 maiores países do mundo, só havia três países que ainda não haviam legalizado: Indonésia e Arábia Saudita por questões religiosas e o Brasil. A Itália que é um país pequeno em relação ao Brasil, tem 1.5% do PIB fruto dos jogos, eles são uma atividade econômica. Eu não inventei ter jogo. Tem gente que me critica e diz que jogo é um negócio do diabo, traz prostituição”, explicou em declaração ao jornal Bahia Notícias.
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Coronel atuou como relator do PL 3.626/23 na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) e foi "responsável pelos ajustes e aperfeiçoamento do texto, que ficou melhor que a Medida Provisória 1182/23 e o texto aprovado pela Câmara no dia 13 de setembro", declarou à época o jornalista Magnho José, editor do site BNLData e presidente do Instituto Brasileiro Jogo Legal (IJL).
Na entrevista, o legislador afirmou que o objetivo é que as empresas "paguem o imposto, porque não vamos conseguir tirar o jogo do dia a dia do povo brasileiro, é impossível isso".
“Todos os clubes hoje têm uma bet. Os estádios de futebol são todos patrocinados por Bet. Hoje o maior patrocinador da grande mídia brasileira são as bets. Como é que você tem essa fonte de receita nova e quer deixar de fazer renda por conta de costume e religiosidade? Deus é Deus pra todo mundo, e tenho certeza de que se ele fosse materializado, não seria contra jogo de jeito nenhum. Não tenho dúvidas nisso”, finalizou.