Após parecer favorável do Ministério Público do Pará (MPPA), o Tribunal de Justiça do Pará (TJPA) revogou nesta segunda-feira (1º) a medida cautelar que proibia 12 influenciadores investigados pela operação “Truque de Mestre”, da Polícia Civil do Pará (PCPA), de divulgarem qualquer jogo de azar ou apostas esportivas de plataforma digital nas redes sociais.
A informação é do site O Liberal.
O pedido partiu dos advogados dos influenciadores, que foram proibidos de divulgar jogos de azar, como o Fortune Tiger, o "Jogo do Tigrinho", após trabalho de PCPA em dezembro.
Em nota enviada à reportagem, o MPPA informou que se manifestou “com base nos dispositivos da Lei Federal nº 14.790/23, de 29 de dezembro de 2023, pela revogação da medida cautelar de proibição de divulgar qualquer jogo de azar ou apostas esportivas de plataforma digital nas redes sociais”. A manifestação, segundo o Ministério Público, não acarreta prejuízo da continuidade das investigações e, se for o caso, da ação penal.
Prisões de influencers estão sendo realizadas em diversos estados brasileiros
O Ministério Público falou que “o princípio da proporcionalidade está satisfeito com a revogação da medida cautelar de proibição de divulgar qualquer jogo de azar ou apostas esportivas de plataforma digital nas redes sociais, atendendo ao caso concreto”
Operação
Sete pessoas foram presas na operação Truque de Mestre no final do ano passado, sendo quatro delas em Belém, uma pessoa em Bragança, outra em São Francisco do Pará e uma mulher no aeroporto de Recife. Também foram apreendidos três carros de luxo, um carro popular, duas motos, vários aparelhos celulares, notebooks, máquinas de cartão e documentos que subsidiarão investigações futuras.
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Uma vítima chegou a perder R$ 15 mil depois de não conseguir sacar o valor ganho na plataforma e nem reaver o valor investido.
Os influenciadores digitais começaram a arrecadar muito dinheiro após darem início na divulgação dos jogos, e o trabalho principal deles dentro da organização criminosa era ludibriar os seus seguidores fazendo com que eles acreditassem em uma vida de fantasias adquirida com os ganhos provenientes dos jogos, segundo a polícia. Viagens de luxo, compra de bens de altíssimo valor. A polícia disse que tudo seria uma fachada, já que os apostadores tinham baixíssimo índice de ganhos na plataforma, diferente de quem as divulgava, conforme dito pela polícia.