A Polícia Civil de Anápolis, a 55 km de Goiânia, cumpriu nesta segunda-feira (8) mandados de prisão, além de outros 13 mandados de busca e apreensão contra suspeitos de estelionato por meio de empresas que usavam de parcerias com digitais influencers para venda de títulos na operação intitulada Las Vegas.
Golpes como esse são comuns no Brasil, mas a utilização de influencers para a publicidade de jogos online ilegais virou uma febre no último ano. Aproveitando-se da discussão sobre a regulamentação das apostas esportivas e jogos online, jogos como o Fortune Tiger ("jogo do Tigrinho") e o Jogo do Aviãozinho (jogo estilo Crash, da casa de apostas Blaze) têm usado a ação de pessoas com muito seguidores para enganar apostadores - que muitas vezes não recebem seus prêmios.
Blaze continua usando a imagem de influenciadores mesmo após notificação de ilegalidades
Os relatos da investigação apontam que o grupo criminoso operava um esquema de estelionato e lavagem de dinheiro usando empresas de capitalização. Apontam ainda que as empresas fechavam parcerias com digitais influencers para vender os títulos, que não eram premiados. Ainda não há se os influencers são suspeitos ou não do crime.
Além do valor de R$ 27 milhões que deve ser recuperados na operação, devem ser apreendidos também pela polícia criptoativos, além de confisco de bens e bloqueio de nove imóveis avaliados em R$ 6 milhões.
As empresas alvo da investigação foram identificadas como peças-chave no esquema, utilizando o ramo de capitalização como fachada para as atividades ilegais. A parceria com influenciadores digitais, que agora são suspeitos de participação consciente no esquema, ampliava o alcance da fraude.