DIRETOR EXECUTIVO DA CIBELAE

Rodrigo Cigliutti: “O mais importante do ano foi ter colocado na mesa o combate à atividade ilegal”

Rodrigo Cigliutti, diretor executivo da Cibelae.
24-12-2025
Tempo de leitura 2:56 min

A Corporação Ibero-Americana de Loterias e Apostas de Estado (Cibelae) encerra 2025 com uma agenda marcada pela organização e participação em diversos eventos relevantes do setor.

Com foco em 2026, Rodrigo Cigliutti, diretor executivo da Cibelae, concedeu uma entrevista exclusiva ao Yogonet, na qual fez um balanço do ano que termina e revelou quais são os objetivos traçados para o próximo período, sempre com os membros no centro das ações e a partir de uma perspectiva orientada à inovação e à segurança.

Que balanço você faz do que foi 2025 para a CIBELAE?

A Cibelae voltou a organizar três eventos presenciais. O evento em Buenos Aires, onde falamos pela primeira vez na história da Corporação sobre e-marketing vinculado às loterias. Depois realizamos um evento muito importante em Foz do Iguaçu, com a participação do presidente da WLA. E o último evento presencial foi o nosso congresso bianual, em Assunção, que contou com a presença do diretor executivo da WLA, representantes da Conmebol e outros executivos-chave, em um evento de grande porte.

A verdade é que estamos muito satisfeitos. Os três eventos bateram recordes de participação de acordo com nossos números, e no evento de Assunção alcançamos uma quantidade recorde de reguladores e loterias: chegamos a ter 22 reguladores, 22 presidentes de entidades reguladoras da região.

Qual notícia ou evento da indústria do jogo você considera o mais importante do ano que se encerra e por quê?

Sinceramente, não conseguiria me concentrar em um único evento ou notícia. Acredito que o mais importante que aconteceu na indústria em 2025 é que, como nunca antes desde que atuo nessa atividade — já são mais de 30 anos —, ouvi um compromisso de todos os reguladores, pelo menos daqueles que fazem parte da Corporação, em combater o jogo ilegal.

Acho que, para a nossa atividade, é absolutamente fundamental que reguladores, loterias e até mesmo operadores entrem em consenso sobre qual é a linha exata que separa a legalidade da ilegalidade. Além disso, existe uma responsabilidade dos Estados em combater e penalizar severamente aqueles operadores ou empresas que se aproveitam de zonas cinzentas para comercializar seus produtos.

Para mim, o mais importante do ano foi ter colocado sobre a mesa o tema do combate à atividade ilegal. Algo essencial para o que vem pela frente.

Quais são as expectativas da CIBELAE para 2026?

Acredito que, para nós, o mais importante em termos de expectativas é que já temos confirmados os nossos três eventos do próximo ano. O primeiro será na Costa Rica, em março, com um evento conjunto com a WLA; depois, nos dias 1º e 2 de junho, teremos nosso evento de marketing em Buenos Aires; e, em setembro, voltaremos ao Brasil para demonstrar a importância desse mercado para a Corporação. O evento será em João Pessoa, na Paraíba.

Além disso, também vamos apoiar o Summit organizado pela WLA em Sydney, em novembro do próximo ano.

O jogo responsável é, sem dúvida, o principal desafio da indústria. Diante do crescimento regulatório e legislativo na região, que medida você considera fundamental para combater o jogo ilegal?

É importante destacar que a Corporação reúne praticamente mais de 85% do mercado de jogos lotéricos da região, do México à Argentina. Além disso, contamos com o apoio de loterias da Europa, como a ONCE e a SELAE, da Espanha, e a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, de Portugal.

A Corporação mantém uma estreita colaboração na área de jogo responsável, pois certificamos e endossamos a certificação da WLA, que possui quatro níveis. Facilitamos o acesso a esses níveis de certificação e estamos alinhados para que, no próximo ano, quase todas as loterias membros da Corporação tenham, no mínimo, o nível dois de certificação. Também promovemos o marco de certificação de segurança da WLA.

E, como se isso não bastasse, no final de 2023 a Corporação lançou o primeiro marco de certificação existente para a prevenção à lavagem de dinheiro no âmbito da indústria do jogo. Estamos trabalhando de forma conjunta nesses três marcos de certificação: jogo responsável, segurança e prevenção à lavagem de dinheiro.

Obviamente, no que diz respeito ao jogo ilegal, o que buscamos é conectar presidentes de loterias de países onde essa prática já é tipificada como crime penal, para que compartilhem essas normativas com outros países onde o jogo ilegal ainda é tratado apenas como uma contravenção ou delito menor, sem que se mensurem os riscos e os danos que essa atividade causa à sociedade.

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