Em uma conversa exclusiva com o Yogonet, Alan Burak, vice-presidente da SAGSE, fez um balanço de 2025 — um ano-chave para a evolução do evento na região — e compartilhou suas principais definições e projeções para 2026, em um contexto marcado pela expansão internacional, pela inovação tecnológica e pela consolidação da SAGSE como plataforma de referência para a indústria do jogo na América Latina.
Qual é o balanço de 2025 como organizador da SAGSE LATAM?
2025 foi o ano em que a SAGSE LATAM concluiu sua consolidação como um ecossistema fundamental para a indústria. Estamos falando de uma plataforma com 34 edições, que segue se fortalecendo ano após ano.
Crescemos em audiência qualificada, na qualidade do networking, na presença regional e na capacidade de gerar conteúdo estratégico para a indústria. Foi, sem dúvida, um ano de consolidação.
Neste ano alcançamos dois marcos fundamentais. Por um lado, a consolidação do modelo multissede para três regiões, cobrindo de forma sistêmica toda a América Latina: SAGSE South America, com sede em Buenos Aires, a “Europa das Américas”; SAGSE Central America & Caribbean, no Panamá; e SAGSE Ciudad del Este, no Paraguai. Esses eventos demonstraram que hoje a SAGSE é a única plataforma capaz de conectar de maneira consistente operadores, reguladores e fornecedores de toda a região.
O segundo grande marco foi a expansão internacional. Formalizamos uma aliança histórica com a G2E Asia, que abre caminho para futuras delegações oficiais latino-americanas rumo à Ásia. O objetivo é levar operadores de primeira linha à G2E Asia, em Macau, em 2026, o que inaugura um novo capítulo para a América Latina, conectando-nos com inovações, investimentos e operadores do mercado asiático.
De forma geral, 2025 foi o ano do salto de escala da SAGSE, no qual a indústria reafirmou sua confiança em nós como ponto de encontro, espaço de negócios e bússola estratégica do que está por vir, sendo referência em jogo responsável, prevenção do jogo patológico e da ciberludopatia infantil, prevenção à lavagem de dinheiro e ao financiamento do terrorismo, e combate ao jogo clandestino.
Qual notícia ou evento da indústria do jogo você considera o mais importante do ano, e por quê?
Sem dúvida, a notícia mais relevante do ano foi a aceleração global do impacto da Inteligência Artificial no gaming, tanto no âmbito regulatório quanto operacional, em marketing, segurança e experiência do usuário. A IA deixou de ser uma tendência para se transformar em uma infraestrutura crítica do negócio: antecipa riscos, otimiza decisões, melhora a experiência do jogador, redefine o compliance e abre um novo universo de automação, segmentação e integridade operacional.
Além disso, 2025 marca o ponto em que a indústria entendeu que a diferença entre crescer ou ficar para trás passa a depender de como a IA é adotada. Por isso, em 2026 daremos um foco muito forte a tudo o que envolve AI em Gambling. Nesse contexto, a SAGSE decidiu incorporar oficialmente verticais como IA, Blockchain & Fintech, além de se associar a eventos tecnológicos de referência na região.
Em 2025, diversos novos eventos foram realizados na América Latina. Como você avalia a evolução regional e qual é o lugar da SAGSE nesse ecossistema?
A região cresceu, sim, mas também se tornou mais fragmentada. Muitos aventureiros estão chegando à América Latina em busca de uma suposta mina de ouro. Nós estamos aqui há 34 anos e conhecemos muito bem o verdadeiro valor desse mercado.
Surgiram muitos eventos novos, mas o mercado deixou claro que nem todos conseguem sustentar impacto, audiências relevantes ou continuidade. Há muita bolha e expectativa na região, mas na SAGSE temos muito claro qual é o nosso mercado e o nosso posicionamento internacional.
Nesse contexto, a SAGSE se posicionou como o único evento latino-americano capaz de oferecer tudo em uma mesma semana: audiências 100% qualificadas, networking VIP real — tanto dentro da SAGSE quanto nos side events —, conteúdo curado com formatos inovadores, alianças estratégicas globais com a G2E Las Vegas, G2E Asia e ICE Barcelona, e uma presença multirregional sólida na América do Sul, América Central, Caribe e Cone Sul.
Enquanto outros eventos competem por atenção, a SAGSE se consolidou como a plataforma de referência onde os negócios são decididos, as regulamentações são debatidas, o futuro é projetado e os verdadeiros tomadores de decisão se encontram. Hoje, a SAGSE ocupa na América Latina um lugar equivalente ao que a G2E representa na América do Norte ou a ICE na Europa: o evento institucional da região.
A agenda da SAGSE se consolidou na Argentina, Paraguai e Panamá. Como esse crescimento impactou a indústria e qual é a projeção para 2026?
O crescimento anual da SAGSE teve um impacto direto em toda a cadeia de valor. Houve uma maior profissionalização de operadores e equipes, graças a conferências cada vez mais especializadas; uma integração regional mais forte, conectando mercados que historicamente operavam de forma isolada; e uma maior atração de investimentos internacionais, especialmente a partir da aliança com a G2E Asia.
Também ampliamos a agenda temática, incorporando eixos como segurança, compliance, fintech, inteligência artificial, esportes, pagamentos e jogo responsável.
Para 2026, projetamos fortalecer ainda mais as alianças com a G2E Asia, ICE Barcelona e G2E Las Vegas, expandir a presença tecnológica em IA, blockchain e fintech, consolidar a SAGSE Security e a SAGSE Sports, e elevar a experiência VIP por meio de clusters temáticos e delegações internacionais.
Nosso roadmap para 2026 já está definido: SAGSE South America nos dias 18 e 19 de março, no Hilton Buenos Aires, Argentina; SAGSE Central America & Caribbean em 3 e 4 de junho, no Sortis Hotel & Convention Center, no Panamá; e SAGSE Paraguai de 5 a 7 de agosto, no Hotel Casino Acaray, em Ciudad del Este.
Estamos convencidos de que 2026 será o ano em que a SAGSE se tornará definitivamente a bússola estratégica da indústria na América Latina, orientando tendências, alinhando mercados e antecipando o que está por vir.