GERENTE REGIONAL DE DESENVOLVIMENTO DE NEGÓCIOS DA SOFTSWISS

Carla Dualib: "Copa do Mundo será um marco importante para o mercado brasileiro de apostas"

Carla Dualib, gerente regional de desenvolvimento de negócios da SOFTSWISS. Foto: Divulgação
24-12-2025
Tempo de leitura 4:03 min

Em entrevista exclusiva ao Yogonet, Carla Dualib, gerente regional de desenvolvimento de negócios da SOFTSWISS, avalia que a regulamentação das apostas online no Brasil abriu um caminho concreto para operadores que buscam escala rápida, sustentável e em conformidade regulatória.

Segundo a executiva, a empresa se antecipou ao início do mercado regulado e esteve entre as primeiras a obter certificações no país, oferecendo um portfólio de produtos já adaptado às exigências locais. Dualib destaca que a atuação da SOFTSWISS em mercados maduros e altamente regulados da Europa influencia diretamente a estratégia adotada no Brasil e na América Latina.

A executiva também aponta que a preparação antecipada será decisiva diante de grandes eventos, como a Copa do Mundo de 2026, para transformar picos de demanda em resultados sustentáveis de longo prazo. Confira a entrevista abaixo:

Com a regulamentação em vigor, que oportunidades a SOFTSWISS vê para operadores que desejam escalar de forma rápida e sustentável no Brasil?

Temos orgulho de como a SOFTSWISS se antecipou de forma proativa ao lançamento do mercado regulado no Brasil. Nossa preparação começou bem antes de 1º de janeiro de 2025, o que nos permitiu estar entre as primeiras empresas a obter certificação, começando pelo nosso produto principal, o Game Aggregator.

Hoje, o Game Aggregator oferece um portfólio global de 40.000 jogos. Para o Brasil, disponibilizamos uma seleção cuidadosamente curada de títulos certificados que cumprem integralmente os requisitos regulatórios locais e são adaptados às preferências dos jogadores brasileiros.

Todos os demais produtos da SOFTSWISS, incluindo a Plataforma de Cassino, o Sportsbook e o Jackpot Aggregator, também estão certificados e totalmente disponíveis para nossos parceiros.

O Brasil ainda é um mercado em formação, com regras em evolução em relação à tributação e à publicidade. Embora isso gere desafios, observamos um crescimento consistente, trimestre a trimestre, no número de novos parceiros, na atividade de apostas e no GGR.

Alcançar o número de 100 marcas operando com tecnologia SOFTSWISS em 2025 foi um marco que celebramos com orgulho neste ano, e é especialmente significativo que a 100ª marca — a Lottu — seja do Brasil. Isso demonstra claramente tanto o forte impulso do mercado brasileiro quanto a confiança que os operadores locais depositam na tecnologia da SOFTSWISS.

Como a experiência que a SOFTSWISS adquiriu na Europa e em outros mercados  influencia a abordagem da empresa no Brasil e na América Latina?

A experiência adquirida na Europa e em outros mercados maduros e regulados influencia diretamente a abordagem da SOFTSWISS no Brasil e na América Latina. Essas jurisdições operam sob estruturas regulatórias rigorosas, e atuar nesses ambientes nos proporcionou um profundo entendimento das expectativas regulatórias e dos requisitos operacionais.

À medida que a regulamentação no Brasil continua a evoluir, os operadores precisam de parceiros com experiência comprovada em mercados regulados, capazes de oferecer conformidade como um padrão integrado, e não como algo secundário. A SOFTSWISS desenvolveu consistentemente seus produtos para atender aos requisitos regulatórios em múltiplas jurisdições, o que nos permitiu ser a primeira empresa a obter certificação no Brasil com o Game Aggregator, seguido pelos demais produtos.

Nosso ecossistema é projetado com foco em transparência, modularidade e prontidão regulatória. Relatórios detalhados, precisão de dados, prevenção a fraudes e suporte operacional são componentes centrais da nossa plataforma.

Isso permite que os operadores escalem seus negócios com confiança, sabendo que contam com tecnologia e expertise comprovadas em diversos mercados regulados ao redor do mundo.

Com a Copa do Mundo de 2026 se aproximando, como você espera que o evento impacte as operações da SOFTSWISS? Há planos para iniciativas especiais em torno do torneio?

A Copa do Mundo da FIFA de 2026 será um marco importante para o mercado brasileiro de apostas. Esperamos um aumento significativo no número de lançamentos de sportsbooks e um crescimento relevante de receita para os operadores que já estiverem ativos. Ao mesmo tempo, esse tipo de sucesso não acontece da noite para o dia.

O que estamos priorizando agora é alinhar as expectativas com nossos clientes. Um sportsbook é um produto que precisa de tempo para amadurecer, especialmente quando os operadores trabalham com públicos originalmente focados em cassino. Por isso, recomendamos de forma consistente que o lançamento ocorra cerca de seis meses antes de um grande torneio como a Copa do Mundo.

Esse período inicial permite que os operadores estabilizem as operações, eduquem os jogadores, testem mecânicas de retenção e compreendam as preferências locais de apostas. Quando o torneio finalmente começa, eles não partem do zero — estão escalando um produto já existente e familiar.

Em um ambiente extremamente competitivo como o da Copa do Mundo, essa preparação é o que transforma um evento global em resultados reais e sustentáveis para o negócio.

Por fim, você poderia destacar os avanços mais significativos do iGaming observados neste ano?

Como representante diretamente envolvida com o mercado brasileiro, o avanço mais significativo que destaco neste ano é a regulamentação. O Brasil está claramente alinhado a uma tendência global: de acordo com o Relatório de Tendências de iGaming 2026 da SOFTSWISS, mais países estão avançando para modelos de regulamentação local.

Isso traz regras mais claras e maior maturidade ao mercado, mas também aumenta a complexidade devido a abordagens regulatórias fragmentadas e não uniformes — um padrão observado não apenas na América Latina, mas globalmente.

Outro avanço importante é o foco crescente em cibersegurança. Cada vez mais empresas reconhecem plenamente a dimensão das perdas potenciais causadas por ameaças cibernéticas, especialmente considerando que a inteligência artificial reduziu as barreiras para ataques sofisticados.

Como resultado, os operadores estão investindo mais em proteção e se tornando muito mais criteriosos na escolha de parceiros tecnológicos, priorizando confiabilidade e segurança desde a concepção das soluções.

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