MANIPULAÇÃO DE RESULTADO

Bruno Henrique vira réu por fraude em apostas esportivas

Foto: Adriano Fontes/Flamengo
28-07-2025
Tempo de leitura 1:41 min

O Tribunal de Justiça do Distrito Federal tornou réus na última sexta-feira, 25 de julho, o atacante do Flamengo Bruno Henrique e o irmão dele, Wander Nunes Pinto Júnior, por fraude em apostas esportivas. Conforme publicado no g1, a denúncia foi aceita pelo juiz Fernando Brandini Barbagalo, da 7ª Vara Criminal do DF, e o processo seguirá para julgamento, ainda sem data definida.

Segundo o Ministério Público do Distrito Federal (MPDFT), Bruno Henrique teria forçado um cartão amarelo durante a partida entre Flamengo e Santos, realizada em novembro de 2023, no Estádio Nacional Mané Garrincha, em Brasília.

“A investigação policial apresentou elementos que indicam que o denunciado Bruno Henrique, de forma deliberada, teria atuado de forma intencional de modo a ser punido com cartão na partida questionada e que Wander Nunes teria contribuído para a ação do irmão ao incentivá-lo a agir de tal maneira, objetivando angariar com isso alguma vantagem financeira", afirmou o juiz no despacho.

A acusação foi aceita com base na Lei Geral do Esporte. A defesa do jogador foi procurada pelo g1, mas não respondeu até a última atualização da reportagem.

Na mesma decisão, o juiz rejeitou tornar os réus e outros sete investigados acusados de estelionato, crime que, segundo o MP, teria sido praticado contra as casas de apostas. Barbagalo entendeu que faltou a representação formal das supostas vítimas — neste caso, as próprias operadoras de apostas —, o que é uma condição obrigatória para o andamento do processo por esse tipo de crime.

Também foram negadas medidas cautelares, como:

  • fiança de R$ 2 milhões;

  • proibição de criar contas em sites de apostas;

  • vedação a apostas diretas ou indiretas;

  • suspensão de contratos de publicidade com casas de apostas.

Com a aceitação parcial da denúncia, tanto a defesa dos réus quanto o Ministério Público poderão recorrer: os primeiros, contra a abertura da ação penal; e o segundo, para contestar a rejeição da acusação de estelionato.

Quando forem formalmente citados, Bruno Henrique e Wander Nunes terão dez dias para apresentar defesa.

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