A investigação contra o atacante Bruno Henrique, do Flamengo, por suposta manipulação de resultados para beneficiar apostadores seguirá normalmente. O Superior Tribunal de Justiça (STJ) rejeitou um pedido de habeas corpus apresentado pela defesa do jogador, que tentava anular os atos da investigação, conforme publicou a CNN Brasil.
A decisão foi assinada pelo ministro Joel Ilan Paciornik e publicada na última segunda-feira, 21 de julho. Os advogados buscavam transferir o processo da Justiça do Distrito Federal para a Justiça Federal, o que poderia resultar na anulação de etapas já realizadas durante o inquérito. No entanto, o ministro entendeu que o habeas corpus não era o instrumento jurídico adequado para essa solicitação.
Bruno Henrique é investigado por um possível envolvimento em um esquema de manipulação de apostas esportivas, em que teria recebido um cartão amarelo propositalmente durante uma partida contra o Santos, válida pelo Campeonato Brasileiro de 2023, com o intuito de favorecer apostadores que lucrariam com esse tipo de ação.
Segundo a acusação, durante partida válida pelo Campeonato Brasileiro de 2023 contra o Santos, no Estádio Mané Garrincha, o jogador teria forçado um cartão amarelo. Para o MP, a jogada foi planejada para beneficiar familiares e amigos que apostaram na penalidade.
Três empresas de apostas identificaram concentração fora do normal nas apostas relacionadas a cartões amarelos para o atacante, significando que mais de 90% do volume do mercado de cartões naquela rodada estava direcionado ao jogador rubro-negro ‒ a média histórica de apostas relacionadas ao recebimento de cartões por Bruno Henrique era de apenas 15%.