O Ministério Público do Estado de Alagoas (MPAL) apresentou denúncia contra oito pessoas acusadas de exploração ilegal de jogos de azar online, manipulação de rifas, lavagem de dinheiro e fraudes estruturadas.
De acordo com a denúncia ajuizada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate à Sonegação Fiscal e Lavagem de Bens (Gaesf), a organização criminosa era liderada por um ex-policial militar e influenciador. O suspeito exibia uma vida de luxo nas redes sociais, divulgando links e grupos de apostas e atuando em rifas manipuladas e práticas de lavagem de dinheiro.
O MPAL pediu uma pena de 77 anos e cinco meses para o acusado ‒ apesar de a nota oficial do Ministério Público não mencionar a identidade da pessoa, jornais locais de Alagoas, como a Gazeta Web e o Tribuna do Sertão, apontam que se trata de Kel Ferreti. Em abril deste ano, ele foi condenado pela 4ª Vara Criminal por estupro, estando atualmente preso.
A nova denúncia é resultado da Operação Trapaça, desencadeada em dezembro de 2024. A investigação constatou ainda que as rifas promovidas nas redes sociais tinham sorteios fraudados para beneficiar os integrantes do grupo criminoso em detrimento dos participantes.
“Essa prática, além de ilegal, reforça o caráter enganoso das atividades dos criminosos, que utilizavam a falsa promessa de prêmios para atrair vítimas e legitimar o esquema ilícito”, explicou o promotor de Justiça e coordenador do Gaesf, Cyro Blatter, em comunicado oficial.
As penas pedidas para os outros sete acusados somam, no total, 177 anos e dois meses de prisão. “Com mais essa denúncia proposta pelo Gaesf, o Ministério Público de Alagoas reforça seu compromisso com o combate à criminalidade organizada, à lavagem de dinheiro, à manipulação de rifas e à proteção da ordem econômica e social”, ressaltou Blatter.