A primeira-ministra da Tailândia, Paetongtarn Shinawatra, indicou que os visitantes internacionais de possíveis cassinos legais no país poderão estar sujeitos a medidas de triagem detalhadas, incluindo verificação de antecedentes criminais e de patrimônio.
Shinawatra fez os comentários durante seu programa semanal “Empowering Thais”, reiterando o compromisso de seu governo com o avanço do projeto de lei de legalização dos cassinos, apesar da resistência política. Embora tenha declarado a importância da regulamentação, ela também argumentou que a Tailândia deve se adaptar às tendências globais do turismo para permanecer competitiva.
“Não quero mais ver a Tailândia ficar para trás”, disse, defendendo o projeto de lei contra os críticos que argumentam que o texto promove o comportamento imoral.
“Os complexos de entretenimento não levarão a Tailândia a seus piores vícios. Países desenvolvidos como Cingapura, EUA, Japão e Emirados Árabes Unidos seguem essa tendência global. Eles sabem que areia, sol e mar não são mais suficientes. É preciso ter [atrações] criadas pelo homem. Não queremos que a Tailândia perca essa tendência.”
Paetongtarn acrescentou que os complexos de entretenimento incluiriam cassinos como um componente menor, com a maior parte do investimento vindo de parceiros do setor privado, não do governo.
Ela observou que a iniciativa também aumentaria as receitas do Estado por meio de impostos. “O investimento permitirá que o governo arrecade mais impostos. Os impostos serão cobrados dos visitantes do cassino”, disse ela.
Apesar de sua posição firme, a proposta de cassino da primeira-ministra provocou reações contrárias de grupos antijogo e causou atrito dentro da coalizão governamental. Recentemente, o governo adiou o debate parlamentar sobre o projeto de lei pelo menos até a próxima sessão legislativa, que começa em 2 de julho, citando oficialmente prioridades como a resposta às tarifas dos EUA e os esforços de recuperação do terremoto que afetou o país em março.
Entretanto, observadores políticos acreditam que a crescente oposição ao projeto de lei pode ter influenciado o adiamento.