O governador de Bali, I Wayan Koster, rejeitou uma proposta para construir um cassino na ilha turística da Indonésia, apesar das estimativas de que o empreendimento poderia gerar até US$ 6,3 bilhões por ano. Ele argumentou que projetos desse tipo poderiam comprometer a identidade cultural da ilha e seu futuro a longo prazo.
“Ninguém deve sequer pensar em construir um cassino em Bali”, disse Koster, segundo a mídia local. “Me disseram: ‘se houver um cassino em Bali, o senhor poderá obter imediatamente 100 trilhões de rúpias indonésias’. O número pode parecer atraente, mas, se dermos um passo em falso, a cultura balinesa pode desaparecer.”
Koster também rejeitou propostas de outros empreendimentos de grande escala, como um autódromo, mencionando os limitados recursos de terra de Bali e a necessidade de preservar as tradições.
A ilha recebeu 4,3 milhões de visitantes estrangeiros entre março e meados de agosto de 2025, e autoridades projetam que as chegadas possam chegar a 7,2 milhões até o fim do ano, apesar de problemas persistentes com congestionamento e gestão de resíduos.
Koster afirmou que a estratégia da província deve se concentrar em sustentabilidade, preservação cultural e governança mais rigorosa para proteger o apelo de Bali.
“A cultura de Bali é única – só existe um Bali no mundo. Isso significa que não temos concorrentes”, disse ele à CNN Indonésia. “Se dermos um passo errado, mesmo que apenas uma vez, isso pode ser muito perigoso para o futuro de Bali.”
Ele concluiu com um alerta contra a busca por ganhos financeiros à custa da identidade. “O valor prometido pode parecer atraente, mas, se vier ao custo da erosão da cultura balinesa, será sem sentido. A cultura é a essência do nosso turismo e da nossa identidade. Sem ela, Bali perderá muito mais do que ganhará”, afirmou Koster.