DECLARAÇÃO DE JAQUES WAGNER

Líder do governo diz que "não há clima" para votar legalização dos cassinos neste semestre

Imagem: Marcos Oliveira/Agência Senado
14-04-2025
Tempo de leitura 1:33 min

O líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), afirmou que não há clima político para votar o projeto de lei 2.234/2022, que prevê a liberação de cassinos, jogos de azar e jogo do bicho no Brasil. Em entrevista ao Poder360, o senador destacou que o cenário atual, marcado pela repercussão negativa envolvendo as casas de apostas esportivas, inviabiliza o avanço da matéria.

"É o pior momento para debater isso, por conta da repercussão das bets. Não tem clima para votar neste semestre", declarou Wagner na última quarta-feira, 9 de abril.

Apesar da resistência, o projeto é defendido pelo relator, senador Irajá (PSD-TO). Ele afirma que o texto está "maduro" e pronto para ser apreciado no plenário. Segundo Irajá, ele tem mantido conversas com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), para incluir a proposta na pauta de votações. Ainda de acordo com o relator, a decisão final sobre a data cabe a Alcolumbre.

O projeto já foi aprovado em junho de 2024 pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, com uma votação apertada: foram 14 votos a favor e 12 contra. A proposta, já aprovada na Câmara dos Deputados, estava parada no Senado desde 2022.

A resistência ao projeto também ocorre na bancada evangélica. O novo presidente da Frente Parlamentar Evangélica do Congresso (que reúne deputados e senadores)  afirmou que pretende intensificar a pressão contra a legalização dos jogos de azar.

“Vou solicitar para que todos sejam contra. Faremos mobilização. Está todo mundo viciado, basta ver o que está acontecendo com as bets. Os cassinos e jogos físicos tendem a piorar. O Brasil não é um país com vocação para jogos”, declarou o deputado federal Gilberto Nascimento (PSD-SP).

Durante o BiS SiGMA Americas, realizado em São Paulo (SP) na semana passada, o Yogonet conversou brevemente com Irajá e o questionou sobre como pretende lidar com a oposição da bancada evangélica ao projeto. “Continuo aberto ao diálogo, às sugestões e críticas. Se forem do ponto de vista técnico, de forma que a gente possa ajustar o texto e aperfeiçoar a legislação, eu estou completamente aberto”, disse.

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