O depoimento do jogador Lucas Paquetá na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Manipulação de Jogos e Apostas Esportivas no Senado foi remarcado para o dia 3 de dezembro, após um pedido da defesa do atleta.
Segundo o senador Carlos Portinho (PL-RJ), a solicitação foi feita para que Paquetá tenha tempo de se defender das acusações que enfrenta na Federação de Futebol da Inglaterra (FA), publicou o Congresso em Foco.
De acordo com o documento da defesa do jogador, "o Sr. Paquetá está respondendo a certas acusações de infrações às regras da Football Association ('FA'), entidade responsável pelo futebol inglês." Os advogados reforçam que, como o procedimento na FA ainda está em andamento, a participação de Paquetá na CPI na data inicialmente marcada poderia comprometer sua capacidade de defesa.
“Entendemos que sua participação em um depoimento perante a CPI na data agendada poderia comprometer o exercício pleno de seu direito de defesa, gerando o risco de decisões inconsistentes e especulações midiáticas desnecessárias”, acrescenta o comunicado.
Paquetá, meio-campista do West Ham e integrante da seleção brasileira, é investigado no Reino Unido sob a acusação de ter intencionalmente forçado cartões amarelos durante partidas para favorecer apostadores. Enquanto seu depoimento à CPI foi adiado, a audiência com a FA está marcada para março de 2025.
Apesar do adiamento, a CPI mantém agendada a oitiva do tio do jogador, Bruno Tolentino, que será ouvido nesta quarta-feira, 30 de outubro, segundo confirmou o senador Jorge Kajuru (PSB-GO), presidente da comissão.
Tolentino, no entanto, conseguiu um habeas corpus no Supremo Tribunal Federal (STF) para ficar em silêncio diante da CPI.