O vice-presidente de finanças e controladoria da Caixa Econômica Federal, Marcos Brasiliano, declarou que o banco acredita que terá seu pedido de operação no mercado de apostas esportivas aprovado pelo governo, conforme reportagem do Valor.
Durante sua participação na 25ª Conferência Anual do Santander, ele destacou que, após a aprovação, o banco definirá o modelo de negócios, garantindo a manutenção da destinação social das loterias da Caixa.
"A partir disso, vamos definir o modelo de negócios, como vai funcionar, mas, no caso da Caixa, mantendo a destinação social que já existe nas loterias", disse Brasiliano no evento.
O vice-presidente também descartou a possibilidade de competição entre as apostas esportivas e as loterias tradicionais, afirmando que a concorrência entre os dois segmentos é baixa e que um não deve prejudicar o outro.
"Faz total sentido para nós atuarmos nesse segmento, que cresceu muito no Brasil. Ter um player do tamanho da Caixa nesse mercado ajuda, uma empresa pública, com experiência em jogos responsáveis, preocupação com o apostador."
A Caixa já havia sinalizado na divulgação do balanço do segundo trimestre, na semana passada, sua intenção de se tornar um dos principais players no mercado de apostas esportivas.
Lucíola Aor Vasconcelos, presidente da Caixa Loterias, reforçou a perspectiva de crescimento desse mercado, afirmando que as apostas esportivas devem representar, no futuro, cerca de 50% da arrecadação das loterias tradicionais.
Se a operação for concretizada, a expectativa é de que o banco tenha uma disparada na arrecadação com jogos. No ano passado, as loterias da Caixa faturaram R$ 23,4 bilhões, sendo que R$ 9,2 bilhões (39,2% do total) foram destinados a programas do governo federal nas áreas de seguridade social, esporte, cultura, segurança pública, educação e saúde.