CPI das Apostas

Presidente do STJD diz que tribunal é rigoroso ao punir manipulações de resultados

José Perdiz de Jesus (imagem: Pedro França/Agência Senado)
27-05-2024
Tempo de leitura 1:32 min

O presidente do Superior Tribunal de Justiça Desportiva do Futebol (STJD), José Perdiz de Jesus, ressaltou o trabalho da instituição no combate à manipulação de resultados no futebol. A declaração foi dada durante depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Manipulação de Jogos e Apostas Esportivas do Senado na quarta-feira, dia 22 de maio.

“O STJD, no caso específico da Operação Penalidade Máxima, talvez tenha sido um dos colaboradores que efetivamente puniu aqueles participantes, porque a legislação, e isso é uma legislação absolutamente boa, aplicável, permite que os condenados ou os investigados não tenham uma punição, a chamada não persecução penal, e façam acordos. E, no STJD, apesar de existir essa possibilidade, os jogadores que estavam envolvidos foram suspensos”, afirmou Jesus, segundo a Agência Senado.

A Operação Penalidade Máxima ao qual o presidente do STJD se refere foi deflagrada pelo Ministério Público de Goiás para investigar um esquema de manipulação envolvendo grupos criminosos e jogadores de futebol. Estes eram aliciados para provocar lances (como levar um cartão amarelo) e favorecer apostadores específicos, que haviam palpitado que aquilo ocorreria.

Leia: Máfia das apostas: ex-integrante do grupo revela detalhes da manipulação de jogos de futebol


Ronaldo Botelho Piacente (imagem: Pedro França/Agência Senado)

Quem também esteve presente na reunião da CPI do dia 22 foi o procurador-geral do STJD, Ronaldo Botelho Piacente. Além de comentar sobre a Operação Penalidade Máxima, ele se pronunciou sobre as acusações do dono do Botafogo, John Textor, de manipulação de resultados no futebol brasileiro.

Textor chegou a apresentar um relatório da empresa Good Game! que foca na performance dos jogadores para avaliar se há ou não manipulação (por exemplo, se uma falha no jogo foi proposital ou não).

Quando John Textor quer, com base nesse relatório, dizer que houve manipulação de resultados, com todo respeito, é uma irresponsabilidade. [...] Não dá, com base em performance, dizer que há manipulação de resultado. A manipulação de resultado deve estar acompanhada de um jogo de apostas e deve estar acompanhada da prova como fez o Ministério Público de Goiás, de quebra de sigilo bancário que tinha as conversas [...] e baseada também no recebimento do dinheiro”, argumentou Piacente, de acordo com a Agência Senado.

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