O ministro Og Fernandes, vice-presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), indeferiu o pedido feito pelo jogador Igor Cariús para que fosse suspensa a ação penal relacionada à Operação Penalidade Máxima, que investiga esquemas de manipulação de resultados ligada a apostas.
O argumento da defesa do atleta (que foi denunciado na operação) é de que o Ministério Público de Goiás (MP-GO), responsável por interpor a ação, não teria competência para o caso. Isso porque os delitos atribuídos a Cariús teriam acontecido em outros estados, como São Paulo, Ceará e Mato Grosso, supostamente fora da jurisdição do MP-GO.
Igor Cariús (imagem: Marlon Costa/Pernambuco Press)
“O ministro Og Fernandes observou, contudo, que a prática atribuída ao jogador representa um desdobramento direto dos fatos apurados na Operação Penalidade Máxima, com foro em Goiás, o que torna lícito, à primeira vista, o processamento da ação em local diverso daqueles onde teriam ocorrido os crimes”, explica uma nota publicada no site oficial do STJ.
O indeferimento só diz respeito à esfera criminal e não afetará Cariús na parte esportiva. Ele já havia conseguido, no Superior Tribunal de Justiça Deportiva (STJD), reverter metade de sua suspensão (360 dias) em pagamento de pena pecuniária e ficou livre para jogar no fim de janeiro. A expectativa é que o atleta assine novo contrato com o Sport, seu antigo time, em breve, segundo o Globo Esporte.
Cariús foi acusado de integrar esquema de manipulação de resultados quando jogava pelo Cuiabá, em 2022. A Operação Penalidade Máxima investiga sucessivos casos em que jogadores eram aliciados para cometer certos tipos de atitudes em campo (como provocar uma falta ou levar cartão amarelo propositalmente) e, assim, favorecer apostadores.