A Justiça Federal de São Paulo autorizou a condução coercitiva da advogada e influenciadora Adélia Soares para prestar depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Bets no Senado. A informação é do UOL.
Após um primeiro depoimento por chamada de vídeo considerado insatisfatório pelos parlamentares, Adélia foi convocada para comparecer pessoalmente na reunião do dia 29 de abril. No entanto, ela faltou, o que motivou a CPI a solicitar a condução coercitiva ‒ medida legal na qual uma pessoa é levada a se apresentar mesmo contra a sua vontade, sendo conduzida por uma autoridade policial.
Segundo a relatora da CPI das Bets, senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS), as investigações da Polícia Civil do Distrito Federal apontam que a Payflow (empresa processadora de pagamentos de propriedade de Adélia) teria sido usada como fachada para movimentações financeiras irregulares e lavagem de dinheiro relacionadas a jogos de azar.
Há ainda indícios de que a empresa operava em desacordo com normas do Banco Central e mantinha vínculos com uma sociedade nas Ilhas Virgens Britânicas.
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“As investigações indicam que a referida advogada teria colaborado com uma organização estrangeira para estruturar e operar ilegalmente jogos de azar no território nacional, utilizando a empresa Playflow como fachada. Conforme apurado, a Playflow teria sido instrumentalizada para movimentações financeiras irregulares, com indícios de lavagem de dinheiro e transações realizadas em desacordo com as normas do Banco Central, mediante o uso de documentos inidôneos e mecanismos fraudulentos”, diz o trecho de um requerimento assinado por Thronicke.
No pedido de condução coercitiva, é informado que a data para o depoimento presencial de Adélia será 14 de maio.