A casa de apostas HiperBet esteve presente no BiS SiGMA Americas, realizado em São Paulo (SP), no começo de abril. Durante o evento, o Yogonet conversou com Igor Sá, CMO e COO da empresa, sobre o mercado regulado, publicidade e as mudanças vividas pelo setor.
Na avaliação do executivo, a indústria “vem evoluindo e ganhando a confiança do público, o entendimento e a educação de que [apostar] é para diversão, não é para enriquecer, não é meio de vida”.
Confira a entrevista:
Estamos no quarto mês desde que começou oficialmente o mercado regulado,com todas as regras entrando em vigor. Qual a sua avaliação até agora? Acredita que o setor está caminhando bem ou há muitos pontos a serem melhorados?
Estamos caminhando bem, mas precisamos nos atentar ainda às muitas operações irregulares no mercado. Acho que está tendo uma evolução, que o público está começando a confiar mais no produto, começando a acreditar mais nas casas regulamentadas, principalmente com a extensão “.bet.br”.
Eles estão entendendo que são empresas sérias, que trabalham de maneira idônea e que é para entretenimento. Aumentou, no cliente final, o nível de segurança em apostar, em se divertir, seja no joguinho de cassino ou em uma aposta esportiva.
Igor Sá e Fernanda Gentil
A HiperBet tem a apresentadora Fernanda Gentil como embaixadora e patrocinou também o Paulistão 2025. Nessa parte da publicidade, qual a estratégia que vocês têm usado? Como se destacar em um mercado que está investindo tanto em publicidade e patrocínio?
Nosso objetivo é muito mais conectado a ligas e ao fomento da prática esportiva do que somente a um time. Então, acho que ali a gente consegue demarcar melhor o nosso território, sendo apoiadores das ligas, dos campeonatos, dos torneios e das federações ao invés de patrocinar um time. Acho que isso já se torna um pouco diferencial disso tudo.
Tentamos atrair de uma melhor maneira na experiência do pós, a partir da hora que a temos a primeira oportunidade de acesso. Aí a gente realmente, de fato, conquista o cliente com a plataforma, com a vitrine, com a comunicação e as promoções.
Segundo o seu LinkedIn, você está nessa indústria desde 2018, correto?
Isso, talvez um pouco antes, já estudando essa área e atuando.
E, nesse tempo todo, além da regulamentação, quais foram as principais mudanças que você viu no setor?
Venho de quando o mercado operava com cartão de crédito. Era uma operação totalmente onerosa e muito mais difícil, em que a população não tinha o entendimento do que era de fato a aposta.
Acredito que estamos evoluindo dia a dia. A indústria vem evoluindo e ganhando a confiança do público e o entendimento e a educação de que [apostar] é para diversão, não é para enriquecer, não é meio de vida. Eu acho que acho que agora, com um mercado aberto, as mídias abertas, a gente consegue comunicar isso, a gente consegue mostrar qual é o intuito final, e não fica no mercado cinzento, em que não podia nem se comunicar com o público final para explicar que é diversão. É só para brincar, para curtir e não para fazer como meio de vida.
Gostaria de saber a sua opinião pessoal - não necessariamente da HiperBet - sobre a discussão em torno dos beneficiários do Bolsa Família e as casas de apostas. Há dois lados nessa discussão. De um, as pessoas que acham deve haver uma restrição para esse público, que quem recebe o Bolsa Família não deveria apostar e outros que acham que se você coloca uma restrição acaba favorecendo o jogo ilegal, porque a pessoa vai procurar uma plataforma ilegal que não vai ter essa restrição. Como você enxerga essa questão?
Concordo com essa segunda opção. Há a questão do livre arbítrio: acho que esse tipo de educação deve ser construído com o brasileiro, mas para que se use com moderação, assim como na indústria de diversos produtos em outros segmentos.
A gente tem que investir mais na educação das pessoas e não na restrição, porque de fato isso vai levar esse público que quer permanecer jogando, brincando e se divertindo a casas que não têm acompanhamento nenhum, não são auditadas, não são reguladas, não são acompanhadas, não têm um programa de jogo seguro e responsável. Esse público vai consumir de uma maneira ou de outra - ele vai jogar em uma casa irregular.