Wagner Fernandes: "2025 vai ser um ano de expansão geográfica para a Oddsgate e vamos nos consolidar no Brasil"

Como será o mundo do iGaming em 2050? A Oddsgate, empresa portuguesa especializada em plataformas e soluções para o setor, se propôs a responder essa pergunta e lançou o relatório “The Gate to 2050”. Os principais pontos da pesquisa foram apresentados pelo CMO da companhia, Wagner Fernandes, no SBC Summit Rio 2025, no final de fevereiro.

A partir da análise de dados e da contribuição de diferentes especialistas, o estudo aponta as mudanças que irão redefinir o jogo. O material aborda o impacto de tecnologias e fatores como inteligência artificial (IA), biometria, criptomoedas, metaverso, compliance, pagamentos da próxima geração, entre outros.

“Até 2050, o mercado de iGaming provavelmente atingirá um estágio de saturação global total e maturidade. Com os avanços tecnológicos acelerando o crescimento, os novos participantes poderão ter dificuldade para penetrar em um cenário altamente competitivo e consolidado. Os mercados emergentes na África e na América do Sul, que agora estão experimentando um rápido crescimento, provavelmente se estabilizarão, deixando espaço limitado para expansão”, diz um trecho do relatório ‒ que pode ser baixado gratuitamente neste link.

Logo após a apresentação no SBC Summit Rio, Fernandes concedeu uma entrevista ao Yogonet, na qual deu mais detalhes sobre o trabalho da Oddsgate e as perspectivas para o futuro.

Confira:

No seu painel, você falou das tendências para o futuro, como personalização, blockchain, metaverso. Como que uma empresa do setor de jogos pode começar a se preparar para essa nova realidade?

Olha, isso é uma pergunta bem interessante porque, primeiro de tudo, há que se ouvir o mercado. E quando eu falo mercado, não é só o cliente, é o mercado como um todo. Por isso, nos nossos estudos, tivemos muito cuidado de ir para fora da indústria para não estarmos numa câmara de ressonância. Fomos fora da indústria e ver o que é que se perspectiva para fora. 

A indústria não tem necessariamente de ser um seguidor, no mau sentido do termo, mas deve adotar algumas práticas que, por um lado, dão segurança ao jogador e, por outro lado, também dão rentabilidade à operação. Ou seja, é um win-win.

A primeira parte eu julgo que é essa, é olhar para o mercado, não só para os jogadores, mas também para ver o que é de tecnologia que se pode trazer para dentro da indústria, para melhorar. Depois, é tudo detalhe. Mas eu acho que começa por aí.

Você pode falar um pouco mais da atuação da Oddsgate hoje no Brasil e América Latina? Em quais mercados vocês estão mais focados?

No Brasil, nós estamos muito sólidos. Já temos sete operações regulamentadas e, se calhar, algumas mais que virão. Estamos também a entrar forte em alguns outros países da Latam hispânica. Agora, em 2025, vai ser um ano também de expansão geográfica. Vamos nos consolidar no Brasil porque o Brasil está a passar por este processo de regulamentação, que é muito exigente, mas estamos, ao mesmo tempo, a olhar para outros mercados, nomeadamente mercados emergentes.

Hoje o Brasil é visto por grande parte dos membros da indústria como o grande foco. Vocês compartilham dessa visão e enxergam muito potencial no mercado brasileiro?

Claro, claro. Acho que o Brasil é um case de muitas coisas, não só a rapidez de crescimento, que foi enorme. Tem essa questão que eu acho interessantíssima do Pix: como que, em um país tão grande, o Pix teve uma aceitação tão elevada em tão pouco tempo. Acho extraordinário. E esse crescimento rápido, juntamente com o potencial em dimensão, essencialmente em dimensão do país, não há outra maneira que não seja olhar para o mercado brasileiro. Acho que é incontornável.

Como está a programação de eventos da Oddsgate no Brasil e em outros países para os próximos meses?

Nós estaremos agora em São Paulo, no SiGMA. Vamos também estar presentes no SBC Americas e, claro, no SBC Lisboa. Convidamos todos a ir a Lisboa!