Expira nesta quinta-feira, dia 6 de junho, o prazo dado pela casa de apostas Vai de Bet para a manifestação do Corinthians quanto às acusações pagamento da Rede Media Social Ltda, intermediadora do acordo entre as partes, à Neoway Soluções Integradas em Serviços Ltda, uma suposta empresa "laranja".
A notificação extrajudicial enviada pela casa de apostas no dia 27 de maio cita a possibilidade de rescisão do contrato de R$ 360 milhões por três anos ‒ o maior da história do futebol brasileiro ‒ e exige uma explicação do clube paulista.
O Corinthians confirmou a notificação à mídia esportiva e informou que ainda aguarda esclarecimento por parte da intermediadora. Cinco dias antes de ser alertado pela Vai de Bet, o clube também notificou extrajudicialmente a Rede Media Social Ltda sobre o caso, além de solicitar à EY uma investigação do contrato.
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O contrato celebrado entre as duas partes "possui uma cláusula anticorrupção na qual as partes se comprometem a cumprir os dispositivos integralmente", afirma reportagem do Estadão.
Segundo o documento, o acordo estabelece que a parte interessada na rescisão precisa pagar 10% do valor total restante caso não haja justa causa. Como o clube já recebeu R$ 60 milhões dos R$ 360 milhões, a indenização seria de R$ 30 milhões.
O contrato estabelece também pagamento de 7% do montante líquido de cada parcela à Rede Media Social Ltda. Ou seja, 700 mil por mês ao longo de três anos, resultando em R$ 25,2 milhões ao fim do contrato. A empresa está no nome de Alex Fernando André, mais conhecido como Alex Cassundé, membro da equipe de comunicação do presidente do Coritnhians, Augusto Melo. Cassundé tem até duas semanas para se manifestar.
A denúncia foi inicialmente feita na coluna do jornalista Juca Kfouri, no UOL. Após os pagamentos da comissão, a Rede Social Media Ltda repassou o parte dos valores por meio de Pix à Neoway Soluções Integradas em Serviços Ltda, empresa com endereço na Avenida Paulista que serviria como 'laranja'. Ao comentar o assunto, o Corinthians afirmou que "o clube destaca que não guarda responsabilidade sobre eventuais repasses de valores a terceiros".