Executive Chairman da NYCE International

Harmen Brenninkmeijer: “Nosso objetivo para 2025 nunca foi apenas crescer; foi nos tornarmos o principal marketplace de produtos da indústria”

Harmen Brenninkmeijer, Executive Chairman da NYCE.
24-12-2025
Tempo de leitura 2:56 min

Com o encerramento de 2025, a indústria global de apostas e jogos reflete sobre um ano marcado por uma transição clara. A era da expansão sem controle deu lugar a um cenário mais sofisticado, pautado pela consolidação e por uma seletividade cirúrgica.

No centro dessa mudança está a NYCE International, uma empresa que, ao longo dos últimos 12 meses, não apenas navegou o caos, mas construiu a infraestrutura para o que vem pela frente. Neste especial exclusivo para o Yogonet, Harmen Brenninkmeijer, Executive Chairman da NYCE, analisa o que 2025 representou para a companhia.

O ano da “folha em branco”

Para a NYCE, 2025 foi um ano decisivo de alinhamento interno e externo. Enquanto muitos players do setor enfrentavam dificuldades com estruturas legadas, a NYCE concentrou seus esforços em um objetivo claro e único: abrir capital e otimizar sua base acionária como parte de sua estratégia.

“O objetivo nunca foi apenas crescer; foi nos tornarmos o principal marketplace de produtos da indústria”, afirma Harmen Brenninkmeijer ao Yogonet. “Percebemos que os operadores não precisam apenas de mais opções; eles precisam de um filtro. Precisam de um marketplace que alinhe os interesses de todas as partes por meio de definições claras e expectativas compartilhadas”.

Esse posicionamento estratégico coloca a NYCE como uma ponte de alto valor. Ao assumir tarefas complexas como gestão de projetos, negociações e validação cultural, a NYCE passou a atuar como um ‘Head of Strategy’ terceirizado para operadores e como uma ‘força de vendas externa’ para fornecedores.

Onde a demanda encontra a realidade

Ao analisar os dados operacionais do último ano, fica evidente que a demanda por inovação foi equilibrada pela necessidade de estabilidade. Embora IA e integração com Web3 tenham continuado como temas de grande interesse, os verdadeiros “campos de batalha” em 2025 foram distribuição de produtos, pagamentos e compliance.

Essa mudança sinaliza uma indústria em amadurecimento, explica Brenninkmeijer. Os operadores deixaram de buscar “a próxima grande novidade” de forma isolada e passaram a priorizar conteúdos de jogos personalizados e diferenciados, capazes de serem integrados rapidamente apesar do aumento da fricção regulatória.

A Advisory Partnership Network (APN) da NYCE tornou-se a resposta para essa complexidade, oferecendo um ecossistema validado no qual temas como AML, KYC e licenciamento multi-jurisdicional são tratados antes mesmo da integração da primeira linha de código.

A estratégia: construir, comprar ou fazer parcerias?

Talvez o serviço mais crítico prestado pela NYCE em 2025 tenha sido orientar os operadores no dilema “Build vs. Buy”. Com margens cada vez mais pressionadas pelo ambiente regulatório, a recomendação da empresa foi clara: controle o core do negócio e terceirize a complexidade. Ao incentivar os operadores a manterem a propriedade de seus sistemas PAM (Player Account Management) e CRM, utilizando o marketplace da NYCE para produtos externos, a empresa ajudou seus clientes a escalar com menor custo estrutural.

Para fornecedores de pequeno e médio porte, esse modelo pode ser essencial, reduzindo gastos com marketing e permitindo foco total no desenvolvimento de bons jogos. Nesse contexto, o marketing funciona como uma extensão do produto e do compliance, explica Brenninkmeijer. A criatividade baseada em aprovações regulatórias, prontidão de pagamentos e estratégias de CRM reduz o intervalo entre a demonstração e o primeiro depósito. O maior ROI vem da habilitação de parceiros e da conversão no go-live, e não do ruído no topo do funil.

“Além disso, é preciso enxergar o conceito de ‘one-stop shop’, com a NYCE como o elo que faltava entre fornecedores e operadores”, acrescenta o executivo. “Não se trata apenas da quantidade de produtos que oferecemos (mais de 100), mas da ‘arte’ da aquisição, em que a NYCE ajuda a economizar tempo e orçamento ao alinhar requisitos, validar certificações e organizar integrações para selecionar os produtos certos e evitar custos desnecessários”.

2026: a fronteira da escalabilidade global

Olhando para 2026, a indústria enfrenta um paradoxo. Nunca houve tantas oportunidades de expansão em mercados emergentes, mas o risco de um “aperto regulatório” em mercados já regulados segue sendo uma ameaça relevante para a escalabilidade global, podendo empurrar atividades de volta para o mercado cinza.

A NYCE se prepara para essa próxima fase aprofundando seu papel como Venture Builder. Ao identificar empresas de nicho ou com financiamento limitado e oferecer o suporte estratégico da sua APN, a NYCE contribui diretamente para a formação da próxima geração de líderes da indústria.

“Os vencedores de 2026 não serão as empresas com mais capital, mas aquelas com as melhores parcerias”, conclui Harmen. “Estamos aqui para garantir que essas parcerias sejam construídas sobre resultados concretos, e não sobre ruído”.

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