Presente no Fórum Ambição 2030, evento em São Paulo (SP) sobre sustentabilidade corporativa, o coordenador-geral de Monitoramento de Lavagem de Dinheiro e Outros Delitos da Secretaria de Prêmios e Apostas, Fred Justo, discutiu sobre a questão da regulamentação das apostas no Brasil.
“Muitas pessoas mencionam que o Brasil está de fato atrasado na regulamentação das apostas esportivas, especialmente quando comparado a países como a Inglaterra, que pode ser considerada uma referência nesse campo e já está na quarta geração das apostas esportivas”, disse Justo, conforme relatado pelo site Games Magazine Brasil.
O representante da Secretaria de Prêmios e Apostas afirmou que “esse atraso nos dá a oportunidade de aprender com as experiências internacionais. Podemos identificar o que funcionou e o que não funcionou em outros lugares para implementar as melhores práticas no contexto brasileiro, adaptando-as à nossa realidade”.
Justo abordou ainda a questão da corrupção no esporte, tema que está em alta devido à iminente instalação, no Senado, da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Manipulação de Jogos no Futebol e aos casos de esquemas de apostas repercutidos pela imprensa.
Na visão do coordenador, é necessário criar mecanismos de proteção focados nos jogadores, de modo a torná-los menos suscetíveis de serem aliciados para manipular partidas.
“Frequentemente, os envolvidos no esporte de massa, como o futebol, são pessoas que tiveram menos oportunidades educacionais. Isso as torna vulneráveis à corrupção, facilitando a manipulação por parte de outros”, declarou Justo, também segundo o Games Magazine Brasil.